De todas as sementes que atirei em tantos lugares, confesso que raríssimas se transformaram em mudas.
Numa dessas mensagens que a gente recebe no Facebook e Instagram, vi a informação de que não devemos pôr no lixo as sementes de frutas, mas guardá-las e depois jogar na natureza. A publicação dizia que agindo assim estaríamos contribuindo para o nascimento de árvores frutíferas ao longo das estradas e em parques. Achei interessante a sugestão e resolvi segui-la. Chegou uma hora em que tinha uma boa quantidade de sementes especialmente de laranja, butiá, bergamota, caqui e abacate. Então fui para a segunda parte do plano, que era espalhar essas sementes. Joguei milhares delas na margem de rodovias e até em parques da cidade. Foi então que descobri que ela não funciona. Ao conferir se as sementes haviam germinado, constatei, decepcionado, que não.
De todas as que atirei em tantos lugares, confesso que raríssimas se transformaram em mudas. Já me convenci que não vou conseguir colher uma fruta sequer das muitas espécies que semeei. Não, não basta semear ao léu. É mais ou menos como a Parábola do semeador, que Jesus contou a seus apóstolos. Uma mínima parte das sementes vive o milagre da germinação. Muitas são consumidas pelos pássaros, outras levadas pelas formigas sem contar aquelas que caem em solo não fértil.
O que estranhei, porque procurei distribuir minhas sementes em locais onde já existia vegetação, à beira do mato, em meio a outras árvores. Ao contrário do que afirmava a mensagem da internet, não é tão simples produzir pomares, como se comentava naquele vídeo. Para que a semente nasça e se transforme em árvore, certamente é necessário plantá-la e cuidar dela. Embora sem resultados, considero que minha tentativa foi válida. Valeu pelo aprendizado.