E por pensar em todas as consequências, nos estragos que nossas decisões pode provocar a outras pessoas, é que vamos adiando, ajeitando aqui e ali.
Na vida pessoal ou profissional nem sempre tomamos as decisões que gostaríamos. Talvez por isso algumas atitudes nossas nem sempre são compreendidas pelas pessoas. Tudo seria tão diferente, se levássemos em conta apenas o melhor para nós. Mas não é assim!
Com frequência, somos levados a deixar o que gostamos em segundo plano, sufocamos sentimentos. Há uma diversidade de detalhes, desdobramentos a serem considerados, que muitas vezes somos obrigados a agir em desacordo com o que queremos.
E por pensar em todas as consequências, nos estragos que nossas decisões podem provocar a outras pessoas, é que vamos adiando, tentando aparar arestas, ajeitando aqui e ali. Mas um dia, não dá mais, temos que resolver. Nunca estamos livres de tomar a decisão errada.
É bem provável que muitos anos depois, venhamos a nos arrepender por ter escolhido esse ou aquele caminho. Há espíritos livres, gente que não se apega a ninguém, tampouco se importa com as consequências de seus atos. E vai por aí afora, agindo por impulso, semeando tempestades na vida de tantas pessoas.
Agir com responsabilidade, por sua vez, também tem o seu preço, sempre vamos acabar magoando alguém, especialmente quando não conseguimos justificar a decisão tomada. Tal situação é mais comum na vida pessoal, mas quantos casais são vítimas dessa armadilha no campo profissional. Surge uma proposta atraente de trabalho para um deles num local distante numa hora em que não dá para mudar de cidade. A recusa ao convite nem sempre é bem interpretada.
Mas naquele momento era o mais certo a fazer, mudar seria inapropriado, o cônjuge não poderia ir, criaria um impasse dentro de casa. A vida é assim; nem sempre há respostas fáceis. Seremos julgados pelo que fazemos, mas quem não conhece de perto a nossa realidade não tem como entender.