É estranho designar alguns modelos de veículos de carro popular. Soa como uma pilhéria. Como qualificar de popular, se os preços se aproximam dos 90 mil reais?
No Brasil, há um evidente exagero nos preços dos veículos. Ainda que tenha melhorado bastante a qualidade dos mesmos, o que aconteceu depois que o ex-presidente Collor afirmou que a indústria nacional só produzia carroças. Hoje, boa parte dos utilitários oferece um grau de conforto inimaginável no início da década de 90. Itens como ar condicionado, airbag, direção hidráulica e câmbio automático eram um luxo só encontrados em carros importados.Obviamente, tudo isso tem um preço e, no caso do Brasil, um preço exagerado.
Realisticamente falando, carro acessível à população em geral é carro usado, velho ou de segunda mão. Um dos argumentos para essa situação, é que os veículos hoje são mais seguros e equipados do que há décadas atrás. De fato, não há como comparar alguns modelos dos anos 70 mesmo com os carrinhos mais baratos de agora.
Hoje, ao entrarmos num desses veículos, temos a sensação de que são espécimes de um passado distante, barulhentos, inseguros e bem menos confortáveis. Tenho o maior respeito por quem gosta de carros do passado. O Fusca é um caso específico, com muitos cultuadores. Mas, convenhamos, é um carrinho com conforto zero. Por razões sentimentais, pode-se gostar de um Fusca, mas nada a ver mesmo com os carros de hoje.
Folclore beltronense
No início da década de 80, logo após a inauguração do Ginásio Arrudão, ali eram realizados festivais musicais. Num deles, organizado por Nediro Modanese, o Peninha, então locutor da Rádio Educadora, no cerimonial estava uma conhecida apresentadora da TV Tarobá. Ao chamar os jurados, cada um entrava para tomar o lugar à mesa.
Lá pelas tantas, ela convocou:- Sra. Benê Dana. O público caiu na gargalhada. Benê era o proprietário do Jornal do Iguaçu, muito conhecido na cidade. Ainda sob risos, ele entrou manquitolando – uma perna mais curta que a outra o fazia mancar – na quadra, sacudindo a cabeça de um lado para outro, ele também sem conseguir controlar o riso.