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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Não há sinais de normalidade

Vivemos dias estranhos. Há um clima esquisito, uma tensão parece pairar no ar. A eleição passou, mas não parece ter terminado. Tem muita gente com a ansiedade nas alturas, como se a qualquer momento pudesse acontecer o anúncio de  novidades. Toda troca de governo traz consigo uma dose de incerteza, que se traduz em esperanças para muitos e preocupação para outros tantos. Não há como negar que o resultado ainda parece não ter sido assimilado por uma expressiva parcela da população, que continua com seus protestos em vários pontos do país.

 Temos um presidente que está desaparecido, outro que não assumiu mas age como se estivesse no poder e um STF em que alguns membros parecem pensar que são os reais mandatários do país. Em meio a isso tudo, boatos, muitos boatos ameaçando greves e paralisações pelo país afora. É óbvio que uma situação assim não traz tranquilidade para o país. Aonde vai dar, ninguém sabe. A estas alturas, a população espera que, com o passar dos dias, as coisas se normalizem.

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O curioso é que a realidade se impõe e contagia a todos. Agora estamos em plena Copa do Mundo, as atenções voltam-se para o Catar. Se a seleção brasileira conquistar o título da Copa, a tendência é que os ânimos se acalmem com mais facilidade. Mesmo assim, o clima pode voltar a ficar tumultuado às vésperas da posse do novo governo. Após um processo eleitoral em que a diferença a favor do vencedor foi tão apertada, é inevitável que haja descontentamento de quem perdeu.

 O resultado precisa ser respeitado, perder faz parte do processo democrático, mas só de pensar assim a gente já acaba sendo rotulado por alguns setores que não concordam com o que aconteceu. Saímos das eleições com um nível de sectarismo muito exacerbado. Nas atuais circunstâncias, só mesmo com diálogo e entendimento, o atual quadro será superado. Não há sinais de que isso vá acontecer tão cedo, simplesmente porque o diálogo neste momento parece fora de cogitação. É nesse clima que vamos nos aproximando do último mês do ano.

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