Uma em cada nove pessoas no mundo tem 60 anos ou mais. A informação é do Fundo de População das Nações Unidas, órgão da ONU. No Brasil, a população idosa cresceu 55% nos últimos dez anos. Essas informações estão no livro “Pra vida toda valer a pena viver”, que traz orientações valiosas sobre o envelhecimento.
A autora é a médica Ana Claudia Quintana Arantes, que já escreveu outras duas obras com temática parecida: “Histórias lindas de morrer” e “A morte é um dia que vale a pena viver”, um dos mais vendidos no país desde 2016, quando foi lançado. Ana não tem apenas conhecimento teórico; é especialista em geriatria e gerontologia e uma das fundadoras da Associação Casa do Cuidar, voltada para o atendimento a idosos.
A médica defende a ideia de que devemos estar preparados para o envelhecimento, o que não acontece com a maioria das pessoas. Quase todos vivem como se nunca fossem ficar velhos; não cuidam da saúde e cometem excessos de todo o tipo. A autora compara a reta final da vida a uma viagem sem volta para o deserto, um lugar muito quente durante o dia e frio demais à noite, onde não há água nem alimentos. Para Ana Claudia, muitos partem para essa viagem completamente despreparados e estranham quando se deparam com a realidade. “Se sabemos que vamos envelhecer, como explicar o fato de não nos prepararmos para isso?”, é uma das indagações que a autora nos faz.
“Envelhecer é um processo complexo, que não se limita à saúde física e envolve o bem-estar mental, as emoções e a sociabilidade”, alerta mais adiante. Ao longo do livro, ela procura orientar para que as pessoas vivam de tal forma a estar prevenidas para o envelhecimento, e isso deve ser feito desde a juventude, com hábitos e atitudes saudáveis. No Brasil, de forma especial, essa atitude ganha importância porque o país não tem estrutura adequada para atendimento a idosos. Recomendo a leitura do livro, afinal, se vivermos o suficiente, o deserto está à nossa espera e precisamos chegar lá em boas condições para enfrentá-lo.
Sem interessados
Está marcada a eleição da diretoria do Clube Esportivo União para o início de fevereiro. Até agora não apareceu nenhuma chapa interessada. O que é preocupante, afinal o clube está inscrito para a disputa da Segunda Divisão de Profissionais. O presidente Ivo Sendeski não tem interesse em continuar no cargo.
