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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Quando o perigo é maior

Ao viajar para uma capital, seja ela qual for, adotamos instintivamente o cuidado redobrado ao andar nas ruas. Assumimos uma postura desconfiada.

Ao viajar para uma capital, seja ela qual for, adotamos instintivamente o cuidado redobrado ao andar nas ruas. Assumimos uma postura desconfiada, cuidamos da carteira e da bolsa, como não fazemos por aqui. É normal andar pelas ruas de Francisco Beltrão com a carteira no bolso de trás e as mulheres pouco cuidam da bolsa. Numa cidade grande, tudo muda. A carteira passa para o bolso da frente e as mulheres andam com as bolsas firmes, junto ao corpo. E há sempre um certo clima de tensão, caminhamos olhando para todos os lados, cuidamos para ver se ninguém está nos seguindo.

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É um modo alerta inevitável. Lembro de uma viagem que fiz à capital baiana. De tanto ler que os assaltos são comuns em Salvador, adotei uma série de medidas preventivas. Saía à rua com o mínimo de dinheiro, não levava qualquer objeto que pudesse chamar atenção e andava o tempo todo com a carteira muito bem resguardada. O fato é que andei de ônibus urbano, passeei pelos locais mais conhecidos, como Pelourinho, Mercado Público e Elevador Lacerda, e não fui, em momento algum, abordado por trombadinhas, nem sofri qualquer ameaça de assalto.

Nos últimos dias na Boa Terra, já estava até meio relapso. O interessante é seguir o que dizem os guias. “Não há maior perigo por aqui, mas é sempre bom se cuidar”. Quando estamos em Francisco Beltrão, tudo muda. Andamos distraídos, despreocupados mesmo, como se aqui não houvesse nenhum risco. Há pessoas que ficam manipulando o celular sem maiores cuidados, bastaria alguém passar correndo para surrupiar o aparelho, bolsas ficam à vista no banco do passageiro do automóvel e a carteira também está ao alcance de uma mão mal-intencionada.

É comum vermos veículos abertos na área central, às vezes até com a chave de ignição. Certamente são comportamentos temerários, porque a facilidade pode estimular o ato delituoso. Mesmo em casa, há negligência. Deveria haver maior preocupação com a segurança dos lares. Muitas moradias do interior, de boa qualidade, com camionetes caras nas garagens, teriam muito mais segurança com um sistema de vigilância e alarme. Nem mesmo cães de guarda são mantidos na propriedade.

Tantas vezes gasta-se milhares de reais na construção de uma casa e na compra de veículos e equipamentos valiosos, mas não se investe nada na prevenção à ação de ladrões. Eles, que estão atentos aos sinais, sabem onde atacar.

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