O acaso, a sorte ou o destino, como queiram, acaba levando-nos para um lado que nem sonhávamos. Como aquela moça que…
Tem uma história de um pastor que enquanto cuidava das ovelhas ficava com um pedaço de madeira nas mãos, do qual ia distraidamente tirando lascas e transformando-a numa escultura. Quando alguém lhe perguntou que imagem estava fazendo, respondeu: “Se sair com barba, São Francisco; se não, a Virgem Maria”.
De certa forma, é uma metáfora de nossas vidas. Quantas vezes iniciamos uma empreitada com um objetivo e lá adiante, por motivos que nos fogem ao alcance, tudo muda e acabamos realizando algo bem diferente do projeto inicial. Não foram poucos os que sonhavam com uma profissão ou uma meta para sua vida e acabam fazendo algo completamente diferente.
O acaso, a sorte ou o destino, como queiram, acaba levando-nos para um lado que nem sonhávamos. Como aquela moça que ao sair do colégio, todas as noites, alcançava um casalzinho que ia à sua frente pela rua fazendo planos para o futuro. Falavam em casamento, sonhavam com filhos e faziam muitos projetos. Nas voltas que a vida dá, muitos anos depois, foi ela e não a namorada, que acabou se casando com o rapaz e hoje lembra com bom humor dos planos que ouvia o marido fazer com a ex-namorada.
Na vida profissional, dá para contar nos dedos aqueles que traçam um plano e conseguem realizá-lo plenamente. Por falta de oportunidades, ou de dinheiro, a rota é modificada de forma substancial. Até mesmo empresas que nascem com uma finalidade, lá pelas tantas, movidas pelas circunstâncias, são forçadas a redirecionar as atividades. Ainda mais num país como o Brasil, onde os planos a longo prazo muitas vezes se mostram completamente inviáveis.
O que não pode faltar nunca, mesmo nas piores adversidades, é empenho e determinação na busca dos objetivos. Precisamos de discernimento para mudar, reavaliar, e, muitas vezes, alterar a rota por completo. Resumindo, tudo é possível, até o que às vezes parece impossível.
Linhas férreas
“Interessante sua exposição sobre as linhas férreas da Europa. Lá eles sempre optam pela melhor economia, conforto, menos poluição e maior proteção ao meio ambiente. Mas aqui, há décadas instalou-se um poderoso conglomerado na indústria e comércio do transporte rodoviário. Empresas economicamente fortes impedem que se aumentem as ramificações de linhas ferroviárias.” A contribuição é de Richard Zajaczkowski, a respeito da minha coluna de terça-feira. Obrigado!
