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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Uma derrota vergonhosa

O grande perdedor no primeiro turno das eleições no País foi o segmento de pesquisa eleitoral; quase todos os institutos erraram redondamente. Desenhou-se ao longo da campanha um panorama completamente diferente do resultado das urnas. Boa parte da imprensa brasileira acreditava que a eleição se resolveria no primeiro turno, com vitória do ex-presidente Lula.

A apuração mostrou uma disputa bem menos desigual e vitória do presidente Bolsonaro em regiões cruciais, como o Sudeste, que concentra quatro de cada dez eleitores, além das regiões Sul e Centro-Oeste. Bom momento para colocar em cheque as pesquisas eleitorais, usadas como forma de influenciar o eleitorado. E mais: jornalismo político não deveria ter partido, mas não é o que ocorre no Brasil.

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Domingo, a cobertura da Rede Globo, o principal grupo de comunicação do Brasil, ganhou jeito de velório, à medida que as urnas iam mostrando um resultado bem diferente do que era previsto nas pesquisas. Havia uma desesperada tentativa de “entender” os resultados e algumas interpretações foram patéticas. Um dos articulistas da Globo News não conseguia esconder a raiva, brandindo acusações aos conservadores, atribuindo-lhes a “culpa” por números tão diferentes dos previstos. Uma parcialidade impressionante.

Os erros das pesquisas de opinião foram muitos e alguns escabrosos. Em São Paulo, principal colégio eleitoral do País, com mais de 34 milhões de eleitores, a previsão era de uma folgada vitória de Lula e seu candidato a governador. Ambos perderam e a diferença ficou em torno de 1,5 milhão de votos, que não é pouca coisa. Em Minas, o segundo maior Estado em número de eleitores, a previsão era de uma surra do ex-presidente no atual. A vitória se confirmou, mas com uma margem reduzida.

No Paraná, Álvaro Dias era apontado como favorito ao Senado; ele terminou em terceiro. No Rio Grande do Sul, as pesquisas falharam feio para o governo e mais ainda para o Senado, onde o candidato petista Olívio Dutra despontava como favorito e foi derrotado com uma diferença de cerca de 300 mil votos. Está mais do que na hora de se repensar essa valorização absurda às pesquisas, que, desta vez, falharam feio em quase todo o Brasil. E alguns analistas políticos estão precisando rever seus conceitos urgentemente.

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