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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

E os desafios para o próximo governo?

Entramos na reta final de 2022, afinal chegou dezembro. Nesse mês o consumo das famílias naturalmente aumenta, especialmente motivado pelas festividades de final de ano, pelas promoções advindas do comércio como um todo, além da inundação de dinheiro na economia, especialmente pelo pagamento do 13º salário dos trabalhadores e, em alguns casos, das férias também.

É gente comprando, é gente viajando, e esse ciclo se repete ano a ano! Na contramão disso vem o ano novo, quando as faturas do cartão explodem, e as velhas despesas de início de ano aparecem: IPVA, IPTU, escola das crianças, material escolar, dentre outras cocitas más.

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Considerando ainda que teremos a mudança de gestão em Brasília, muitos serão os desafios do próximo governo a partir de janeiro, especialmente fazer a economia crescer, sem que a inflação corroa o poder de compra do brasileiro. De todo modo, torço que tudo dê certo no próximo governo, mesmo não concordando com sua postura e de seu aliados.

Não chega a ser nada de novo nesse ponto! Trago esse assunto, justamente porque, embora o ano vire de 31/12 para 1º/1, a economia não para. Não é como um reset no computador, quando você zera a memória. Ela segue, num primeiro momento com certa desconfiança e depois estabiliza-se.

De acordo com o IBGE, a economia brasileira cresceu 0,4% no terceiro trimestre, em relação ao trimestre anterior. Esse resultado ficou abaixo do que se pensava, já que a estimativa era de 0,6% para o PIB (Produto Interno Bruto) de julho a setembro. E representa uma desaceleração em relação ao crescimento médio de 1,2% registrado no primeiro semestre deste ano.

E quais as razões para tal? Algumas são fáceis de explicar: alta dos juros, cenário político e insegurança jurídica. Esses elementos fazem com que empresas e famílias reduzam seus investimentos, e a economia dê uma “brecada” por um período. É como eu disse: a economia não sofre um reset em 1º/1… ela continua seu ciclo, mesmo que algumas políticas econômicas do novo governo não sigam um modelo ortodoxo (onde o governo não interfere tanto na economia).

Lula e sua equipe econômica já deram sinais que “derramarão dinheiro” em alguns setores, o que pode parecer interessante num primeiro momento, pois estimula o consumo, mas a inflação pode reaparecer. Outro ponto é que essa medida só aumenta a dívida pública, pois sem dinheiro o governo precisa capturar recursos no mercado para financiar seus programas. Geralmente vende títulos do tesouro ao preço da taxa da Selic, e esse juro quem paga é o contribuinte.

Não existe almoço grátis – não para nós! Mesmo que o novo governo despeje dinheiro na economia, com juros altos, há risco de recessão global e o fim do efeito da reabertura pós-pandemia; o crescimento do PIB promete ser um desafio para o novo presidente a partir de 2023.

Já comentei em outras oportunidades: qualquer um dos dois candidatos que entrasse (ou permanecesse),  não teria vida fácil (pelo menos em 2023). Quando digo novo governo, me refiro na verdade à população, afinal são os setores produtivos e as famílias que de fato produzem riqueza, e é o seu suor que banca as políticas públicas… o governo só administra/gasta.

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