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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Precisaríamos de uma reforma administrativa

Uma reforminha fiscal também viria bem a calhar, mas que soa um tanto quanto romântico nesse momento.

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Até agora, o ex-presidente irá subir a rampa do Planalto em 1º de janeiro de 2023… Gostando dele ou não. Partindo dessa premissa, em um de seus inúmeros discursos, os quais, na sua grande maioria, desprovidos de qualquer nexo, mas que mesmo assim causa furor e adquire aplausos fervorosos, quase histéricos de seus seguidores, o mesmo alega que impostos serão elevados, alguns resgatados e serão colocados em prática. Afinal, para cumprir suas promessas de campanha é necessário dinheiro. E o contribuinte quem paga essa conta, afinal não existe almoço de graça.

Assim, considerando que estamos em um período pós-eleições, com uma série de desconfianças do mercado, empresas adiando investimentos (e automaticamente não gerando empregos), além de os juros básicos do mercado estando elevados, já está difícil com aumento de impostos, então cria-se o cenário perfeito para mais uma crise. Antes de aumentar os impostos, o governo precisa reduzir seus gastos com uma profunda reforma administrativa, diminuindo o tamanho da máquina pública. Uma reforminha fiscal também viria bem a calhar, mas que soa um tanto quanto romântico nesse momento, e não se pode esperar uma atitude desta do futuro governo. Essas políticas iriam (mas infelizmente acho que não vai acontecer) gerar uma economia brutal para os cofres públicos, permitindo até uma queda de impostos na sequência.

Claro que isso é uma utopia em se tratando de PT, um partido acostumado a fazer a farra com as contas públicas, acostumado a aparelhar o Estado e com pouco compromisso com o equilíbrio fiscal. Vale lembrar que, quando se fala em equilíbrio fiscal, as chamadas políticas sociais são possíveis, pois você passa a regrar e gastar o dinheiro com responsabilidade. Com mais dinheiro, os programas acontecem… e não precisa nem ser economista para saber disso! Não bastante, nós ainda estamos presenciando a guerra Rússia x Ucrânia, a qual não dá sinais de que se encerrará tão cedo (embora Lula já tenha afirmado que resolveria o imbróglio numa mesa de bar tomando cerveja…).

Essa guerra continua afetando os mercados aqui e mundo afora. Graças à internet, a população não está se distraindo tanto com a Copa do Mundo. As pessoas estão realmente preocupadas com o futuro do país. Tanto isso é fato, que nesta semana a equipe de transição do governo eleito apresentou a PEC da Transição que retira a despesa com o Bolsa Família do teto de gastos. É uma forma elegante de dizer que não estamos nem aí para o rombo nas contas públicas que virão em seguida, e se não fosse a internet, a grande mídia é que não iria falar. A semana também foi marcada pelo pedido do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para deixar a equipe de transição e pela divulgação de novos nomes para os grupos técnicos.

Com Guido ou sem Guido, não vejo melhoria nesse processo. O novo governo que se desenha, diz que tem (ou terá) responsabilidade fiscal, e que não se pode gastar tudo o que se arrecada, e que também sabe que precisa gastar com sabedoria e permitir que o país cresça. Considerando que o período eleitoral já passou, esse discurso é apenas uma tentativa de acalmar os mercados, mas que na prática não acontecerá. Não nesse novo governo. Ou estou equivocado?

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