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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Uma experiência colorada

A boa e velha cerveja Polar gaúcha, águas-minerais, sucos, caldos de cana. Vendedores de todas as espécies e naipes, todos disputando metros quadrados para manter seus pontos de venda.

Já tive excelentes experiências quanto ao prestígio de grandes eventos esportivos. E a cada um que vou, sempre trago algo de novo, seja na organização, na presença de público, e também no que possa dar errado, afinal desde um show do Mettalica a uma simples festinha de aniversário, algo de errado sempre dá, por mais que você planeje.

Seguindo essa linha de raciocínio, já vi desde Ronaldo Fenômeno a Michael Schumacher; desde os grandes shows da Expobel, a internacionais; desde o meu grande Palmeiras ao razoável Internacional. Mas o que todos esses eventos têm em comum? Bom, como estamos no Brasil, vou me ater aos fatores externos desses eventos.

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Em todos eles é perceptível a presença de comércios e de ambulantes. Pessoas que no seu mais simples viver tiram o seu sustento, ou em muitos casos encontram nesses eventos a oportunidade de fazer um complementozinho de suas rendas.

Fui convidado por um amigo, nesta semana, para assistir ao jogo do Internacional de Porto Alegre pela Copa Sul-Americana. Seria uma espécie de segunda divisão do futebol sul-americano — e o colorado saiu vencedor. Mesmo sendo palmeirense, tive que me humilhar e colocar uma jaqueta vermelha, digamos, para me ambientar. Graças a Deus, foi só durante o evento… já consegui superar o trauma. Mas voltando ao ponto, alguns detalhes me chamaram a atenção. Como esta é uma coluna de economia, não posso fugir à temática, capiche!

Dentro do estádio, tudo muito bem organizado, torcida feliz e time vencedor. Do lado de fora o que me chamou de fato a atenção. Literalmente, a grana rola na parte externa do estádio. Tem o flanelinha que cobra pra cuidar do seu carro. Coisa de cinquenta pilas. Tem o vendedor de camisas piratas com verdadeiros varais (e isso vale para eventos musicais, religiosos e afins — sempre tem o vendedor de camisas!). Os preços oscilavam de 25 a 100 reais, varia muito mais da cara do freguês do que propriamente da qualidade do produto. Tem também os vendedores de bebidas, seja da boa e velha cerveja Polar gaúcha, a águas-minerais, sucos, caldos de cana e até uns negócios que não entendi bem do que se tratava. Parecia uma mistura de energético com bomba de gás-lacrimogênio. Sinceramente não consegui identificar direito — fico devendo.

Vendedores de todas as espécies e naipes, todos disputando metros quadrados para manter seus pontos de venda, mas também quase que saindo no tapa pra conquistar um cliente. Aqui vai uma grande dica, caro leitor: Nunca compre nada quando estiver feliz. Você perde a noção de preço e de qualidade, e isso é perigoso. Depois não adianta reclamar da fatura do cartão.

Eventos grandes como este, e eu reconheço isso, movimentam muito os bastidores. São oportunidades que abrem, principalmente para aqueles menos desprovidos. O vendedor de doces, o vendedor de cachorro-quente, o flanelinha, o vendedor de camisetas, o dono do posto de combustível, o restaurante, a farmácia, etc, etc. Detalhe importante: muitas pessoas são de fora, ou seja, muito “dinheiro novo” passa a circular onde o respectivo evento é realizado. Em suma, a realização de eventos ajuda, sim, a movimentar uma economia.

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