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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.213

28/05/2025

O antissemitismo está sendo vomitado em todos os cantos

Qualquer pessoa sensata condenaria o Hamas, o Hezbollah e todo grupo terrorista-fundamentalista. Qualquer pessoa sensata quer a Palestina e Israel reconhecidos como territórios.


Qualquer pessoa sensata irá condenar todo ato de violência, independentemente onde aconteça e contra quem aconteça. Comemorar a barbárie que inocentes sofrem em uma guerra é, no mínimo, doentio. Não é isso, no entanto, que temos visto mundo afora.

Em meio a relatos de raptos, execuções e uma onda de estupros que aconteceram durante o violento e covarde ataque terrorista do Hamas a Israel no dia 7 de outubro, surgem, na contramão da sanidade, celebrações que ocorrem abertamente nos Estados Unidos, França, Inglaterra, Alemanha e, lamentavelmente, no Brasil.

O ódio aos judeus ressurgiu de maneira tão grotesca que há pessoas ressuscitando a memória de Adolf Hitler, a fim de “inocentá-lo”, afirmando que os judeus deveriam ter sido extintos no Holocausto. Não são relatos de pessoas que viram, não são narrativas políticas, são manifestações que foram expostas para qualquer um ver em redes sociais.

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Bandeiras de Israel sendo queimadas nas ruas de Madri. Atentados contra judeus na França. Portas de judeus sendo pintadas com a estrela de Davi na Alemanha, assim como os nazistas fizeram na década de 1930. Manifestações nada pacíficas declarando ódio a Israel e a todos os judeus.

E a ironia, surpreendentemente, é que tais manifestações não estão ligadas a grupos de ideologias nazi-fascistas de extrema-direita. Estão vindo, majoritariamente, de grupos ligados à extrema-esquerda, usando o engodo de justificar o terrorismo do Hamas como um ato de resistência ou revolução pró-palestina, enquanto o próprio Hamas usa os palestinos como escudos humanos. 

Enlouquecemos? Perdemos o senso de humanidade para se chegar ao ponto de comemorarmos massacres de inocentes? A vida perdeu seu valor a ponto de vibrarmos com a morte?

Quando a capa da moralidade e virtude caem, o preconceito velado desses grupos ideológicos transparece. O antissemitismo está sendo vomitado por todos os cantos. O ódio aos judeus reacendeu novamente, e nos fez enxergar que, mesmo após o Holocausto e de tudo que os judeus passaram, ele continua mais vivo do que nunca.

Qualquer pessoa sensata condenaria o Hamas, o Hezbollah e todo grupo terrorista-fundamentalista. Qualquer pessoa sensata quer a Palestina e Israel reconhecidos como territórios. Qualquer pessoa sensata celebraria a paz. Mas parece que a sensatez tornou-se escassa, e que a ideologia, por mais estúpida que possa ser, é o único pilar a ser defendido, com euforia e celebração sádica, ao mesmo tempo em que o custo das vidas de cada vítima do terrorismo aumenta hora após hora.

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