
Por Marcos Staskoviak – Nos idos anos 80, as tardes calorentas de verão incluíam assistir filmes antigos — já para a época — na Sessão da Tarde. Muitas dessas produções eram totalmente direcionadas ao público infantil, e muitas delas eram Disney e envolviam animais fofinhos. Focas, cães, gatos ou papagaios, não importava. Faz tempo que o ser humano gasta horas olhando pets na tela, só mudou a produção.
Tempos atrás revivi a experiência ao assistir “A Incrível Jornada” (1963), depois de uns 35 anos. Produções audiovisuais e músicas tem esse poder nostálgico de me iludir por um curto período, parecendo que voltei no tempo e estou novamente sentado no chão da sala diante de uma TV Colorado ou do meu finado Motorádio.
A história é muito simples e meiga. Um homem solitário assumiu a função de cuidar dos animais de estimação de uma família de amigos enquanto estes viajam por várias semanas. Os bichos, no caso são um cão velho, um cão jovem e um gato.
Em determinado momento o cão mais jovem decide voltar para casa e seus amigos o seguem. Seguindo seus instintos eles vão bater perna pelo interior da região norte dos EUA, na fronteira com o Canadá, passando por paisagens bucólicas belíssimas de estradas, mata e riachos.
Com suas personalidades próprias e uma forte relação de amizade vão se envolver em aventuras cômicas e dramáticas, desafios diversos que os desviam e atrasam na viagem. A narração em off é muito típica desse período da Casa do Mickey e salva o público de uma possível dublagem dos cuscos e do bichano.
Pode não ser uma unanimidade, mas tenho certeza que esse trio ainda agrada os mais pequenos e os mais velhos, e alguém que esteja no meio termo como eu.