Por Marcos Staskoviak – Essa é uma especialidade da Flaviana Tubin. Mas, desta vez eu indiquei um filme natalino: Noite Infeliz (Prime Video). Embora tenha minhas reservas se ela vai gostar. E já avisei para ver sem a companhia de crianças. Não que tenha indecências, mas pelo exagero de plasma, hemácias, leucócitos e plaquetas derramados.
Como muitos nesses tempos modernos, o Papai Noel (David Harbour de Stranger Things) está meio desanimado e sem vontade de cantar uma bela canção, nem na noite do dia 24. E no melhor estilo John McLane se vê dormindo no lugar errado e na hora errada, justamente quando bandidos altamente preparados estão executando um roubo milionário numa mansão de uma família podre de rica, que quase tem mais problemas que dinheiro. Quase todos são asquerosos e você não se importa com eles. Bom… quase todos.
O carisma de Harbour nos conquista nos primeiros minutos e garante cenas bem humoradas e espirituosas. Conforme a trama começa a misturar Duro de Matar com Esqueceram de Mim o troço fica cada vez mais sanguinolento que chega a gerar certa estranheza.
A previsível discussão sobre a crença no mítico velhinho de barba branca bate ponto na história, e mais tarde revela que esse não se trata de um Noel clássico, mas um personagem nórdico um pouco diferente, não com passado camponês/marceneiro. Na “orquestra” que ele tocava era especialista nos metais, se é que me entende.
O filme é bem divertido, tem boa ação e uma trilha sonora top. Não é nem sombra de um A Felicidade Não Se Compra — esse sim o melhor filme de Natal de todos os tempos, mas dele eu escrevo na Páscoa —, só que é esse tipo de produção que está na prateleira dos streamings hoje, então fica a dica.
