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segunda-feira, 02 de junho de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Andriely Casimiro comemora desempenho do Brasil na ginástica artística e fala sobre a polêmica dos trajes

Coordenadora da modalidade em Beltrão acredita que o País tem condições de faturar mais medalhas. Para ela, o collant dá brilho e tradição às apresentações, mas defende livre escolha

Andriely Casimiro vibrou com a medalha de prata conquistada por Rebeca Andrade, a primeira do Brasil na modalidade em Olimpíadas.

A ginástica artística brasileira está em festa. Rebeca Andrade conquistou, quinta-feira, 29, a medalha de prata no individual dos Jogos Olímpicos, a primeira do País nesta modalidade na competição. A professora Andriely Casimiro, técnica da ginástica artística de Francisco Beltrão, vibrou com a conquista. Como especialista no assunto que é, a treinadora acompanha a trajetória da medalhista há um tempo bem anterior aos Jogos. “Ela demonstrou que é muito preparada. Passou por cirurgias e desafios que podem ter feito pensar em desistir. Sei, por exemplo, que a Rebeca não queria ir a Tóquio, mas a mãe dela deu muito apoio”, diz.

Mais medalhas?
Andriely acredita que o Brasil deve conquistar ainda mais medalhas na ginástica – até mesmo com Rebeca.  “Ela é simpática, humilde e confiante. Foi muito bem nos quatro aparelhos, teve o erro no solo, que distanciou-a do Ouro, mas acredito que nas finais dos aparelhos ela trará ainda mais medalhas para o Brasil.” Embora o País não tenha se classificado para a categoria por equipe, a técnica beltronense avalia como “incrível” o retrospecto até aqui. “A Flávia Saraiva lesionou o tornozelo, mas vai competir a final na trave. Deve vir mais uma medalha”, crava.

A questão dos trajes
O uso do collant, traje típico da ginástica artística, foi alvo de uma polêmica, domingo, 25. As atletas alemãs dispensaram-o e utilizaram nas eliminatórias das Olimpíadas um macacão de corpo inteiro. O argumento é combater a sexualização do esporte e dar liberdade às atletas, para que vistam o que for confortável. Para Andriely, o tradicional collant é responsável por tornar a ginástica artística marcante. “É lindo, muito elogiado e dá muito brilho. Então, concordo e discordo com a atitude da Alemanha, pois o que deixa belo o exercício é o corpo da ginasta, mas cada um tem um modo de pensar. Poderia ser livre para quem quisesse utilizar collant, claro que não concordo em utilizar modelos tão cavados, como já vimos e hoje é proibido. Tanto que agora existe uma medida exigida.” 

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Francisco Beltrão
Beltrão é um dos nove municípios do interior paranaense a contar com um centro de treinamento de ginástica artística. O projeto teve início no fim de 2012, numa parceria entre a Secretaria de Esporte (que cede as professoras), a Unipar (com o local e os equipamentos) e a Federação (também com os equipamentos). Além de Andriely, a professora Camila Zancan também está à frente da “escola de talentos”, que atende a meninas de 4 a 16 anos.

Com a pandemia, o número de praticantes – que já beirou 250 – foi reduzido: 150 treinam ativamente. Para quem está empolgado com o desempenho das ginastas brasileiras em Tóquio há uma boa notícia: a escolinha é gratuita. Quem quiser participar pode procurar a Secretaria Municipal de Esporte de Francisco Beltrão ou telefonar no 3523-5080.

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