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Francisco Beltrão
sábado, 24 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Como vai jogar o Galo do técnico Fininho?

Novo treinador da equipe duovizinhense está no município para a divulgação do elenco. Será hoje, às 19 horas.

Wellington Basso, Fininho e Giovani Lima nos estúdios da Rádio Educadora.

O novo treinador do Galo Futsal, Paulo Sérgio Lira Goés, o Fininho, está em Dois Vizinhos para a prestação de contas e apresentação do elenco que será realizada hoje, às 19h, com transmissão nas redes sociais. Ele concedeu entrevista para as Rádios Educadora AM e Vizi FM e falou sobre sua história como atleta, técnico e a expectativa para a temporada Confira:

Wellington Basso – Como foi a negociação para você assumir o Galo?
Fininho – A gente conhecia a estrutura, as pessoas envolvidas, a seriedade do trabalho e isso sempre me chamou muito atenção. No meio do ano, quando o Fabinho [Gomes] saiu, eu fiquei sabendo que meu nome estava sendo ventilado. Fiquei feliz, contente e sei que nada acontece por acaso. Tudo é trabalho. Sempre sonhamos chegar em voos mais altos, a uma grande equipe, com boa estrutura e não foi diferente. Fiquei feliz, surpreso quando o Diomar me chamou para vir para o Galo. A motivação é grande porque nós que estamos no meio, sabemos a força que o Galo tem, chega sempre, foi campeão da Copa do Brasil e esperamos poder trabalhar e fazer história.

Wellington Basso – Fala um pouco da sua história como atleta?
Fininho – Eu sou de João Pessoa [PB], casado com uma paranaense. Saí de João Pessoa em 1990, fui para Recife [PE] e não parei mais. Passei pelo Sumov [CE], Inpacel [PR], Enxuta [RS], Carlos Barbosa [RS], Vasco da Gama [RJ], São Paulo, Umuarama [PR], Nacional [MG], Vento em Popa [BA] e, por onde passei, consegui ser campeão. Em 1992, com 19 pra 20 anos, fui campeão do mundo. Toda criança sonha em ser jogador e meu sonho não era diferente, mas jamais imaginava que um garoto da Paraíba ia chegar tão longe. Eu tenho duas ‘Fifa’, nas costas, pela seleção, mais uma com o Carlos Barbosa e é gratificante chegar tão longe. Sou bem sincero, nunca me preocupei em nome, em status, sempre procurei ser profissional. Tenho que agradecer meu pai pelos conselhos que ele me deu e eu levo até hoje. Eu sabia que o dinheiro ia vir, mas o mais importante era entrar em quadra para fazer o que eu sabia fazer, dando alegria para quem estava assistindo e retorno para quem me contratava. Minha escola é de profissionalismo e dedicação. Atleta tem que ter conduta, não é parque de diversão, temos que ser o mais profissional possível e aqui não vai ser diferente, trabalhar bastante para levar o Galo ao lugar mais alto.

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Giovani Lima – O Futsal mudou bastante desde que você jogava?
Fininho – O futsal evoluiu em alguns aspectos, a regra mudou, mas eu peguei todas as fases, inclusive, essa atual. Sempre foi tranquilo jogar, para mim. O que mudou foi a vitrine. Hoje você está ao vivo em todo o momento.

Wellington Basso – Como que você se tornou treinador?
Fininho – A transição para técnico foi normal, tranquila. Eu gosto de estar ali. Eu gosto do dia a dia. Tenho algum conhecimento e o mais importante é levar os atletas a ter ambição, evoluir e saber a entidade que estão representando, vender o produto que é o dia do jogo. Eu fui jogar a Taça Brasil ainda como atleta na Bahia. Fui eu e outros craques, o Lavoisier, o Índio, para dar um ‘up’ no marketing da cidade. O Falcão foi para abertura também e disputamos a Taça Brasil. No fim do ano, o presidente queria que eu jogasse e treinasse. Eu já estava para parar e iniciei como treinador. Isso foi em 2014. Ganhamos alguns títulos, um trabalho profissional, atletas com muita estrutura, pena que acabou. Em 2016 voltei para o Paraná, fui a Capinzal (SC), em 2017, dois anos no projeto. Passei por Piratuba (SC) e no ano passado fui para Uruguaiana (RS), a pandemia veio, parou tudo e neste ano estava no Toledo Futsal e agora estou no Galo Dois Vizinhos.

Wellington Basso – A gente está bastante curioso. O que você pode falar sobre o elenco para o próximo ano?
Fininho – As novidades só na sexta. Eu já sei, o Diomar [Ruaro] me passou o elenco, temos nomes legais. Mantivemos uma base de qualidade e os demais foi em conversa entre nós que definimos. Teve um atleta que eu pedi também que é muito bom e pode ser que pinte mais um ou outro. Estou muito feliz, contente com o elenco. Eu só vou tentar sugar o máximo deles. Eu peguei vários treinadores na carreira, bons treinadores e filtrei o que eles falaram porque tinha coisas que eu achava que não era necessário. Treinador muda jogador. Tem que saber lidar com atleta. Eu tenho paciência, mostro, repito, sou chato no que faço e falo para eles aproveitarem o que eu estou falando. Depois que eu parar de falar, os atletas tem que se preocupar. Para evoluir tem que sempre ser cobrado, né? Eu já vi muita coisa, mas uma coisa que sempre carreguei comigo é o respeito ao máximo. Por quê? Dentro das quatro linhas ninguém joga sozinho. Eu não gosto do fulano ou ciclano, não vou cobrar por isso ou aquilo, não é assim. Dentro das quatro linhas não é pra fazer amizade, quando entrar, esquece tudo, pensa que ali é o teu ganha pão. Quantas pessoas dependem de você? Eu sempre fui cobrado, dentro de quadra, claro que no bom sentido, sem ‘trairagem’. Sempre fui muito correto, transparente, se tiver que falar eu falo na frente. O atleta tem que estar pronto para exercer a sua função. Vi de tudo um pouco, mas eu gosto do que faço. Preciso, mas gosto do que faço. Quando tiver que passar a mão, a gente passa, mas também cobra bastante.

Giovani Lima – Como é o estilo do Fininho treinador, gosta de time que ataca mais, que defende?
Fininho – No Futsal, é propício o jogo de 1×1. Eu adorava isso. O time, eu falo assim, eu quero que jogue dessa forma. Bola na mão do goleiro é dessa forma. Lateral defensivo, faz desse jeito. Depois disso, é com eles. Eu dou liberdade total para o atleta. Tem qualidade, faça. Se divirta, seja feliz, meta a bola na casinha.

Claro, com responsabilidade. Não gosto de estar queimando goleiro toda hora, calma, vamos jogar. Eu gostava do 1×1 o tempo todo, isso é Futsal. Pela qualidade que temos dos jogadores que vão vir é só organizar. Gosto de bola parada, tem que ter, mas todos que entrar tem que saber pra onde correr. É um jogo coletivo, ninguém joga sozinho. Os caras precisam saber disso.

Wellington Basso – Gostaria que deixasse um recado para o torcedor?
Fininho – Esperem uma equipe aguerrida dentro de quadra, podem ter certeza que os atletas vão dar o sangue para buscarmos nossos objetivos. Viemos aqui para fazer história e podem acreditar que não vai faltar trabalho.

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