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Francisco Beltrão
sábado, 24 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Tchelo: Aaema não chegou por acaso à Série Ouro, mas precisa ser inteligente para se manter

Técnico Mariópolis avalia campanha e anuncia permanência no clube de Mariópolis para a próxima temporada

Marcelo Batista, o Tchelo, fez história em Mariópolis: colocou a cidade na elite do futsal paranaense pela primeira vez.

Ele prefere ser considerado uma “peça” necessária ao time. Mas o desempenho de Marcelo Batista, o Tchelo, à frente da Aaema/Mariópolis em 2021 o alça ao status de protagonista. O treinador assumiu a equipe em junho. Até então, em sete jogos da 1ª fase da Série Prata do Campeonato Paranaense, a equipe havia empatado uma e perdido seis. Na lanterna, era considerado um virtual eliminado. Mas o técnico reverteu o quadro. Nas partidas seguintes, venceu cinco, empatou três e perdeu outras três. A vaga na 2ª fase, que parecia tão distante, foi alcançada. A arrancada seguiu e o time só pisou no freio na decisão, quando perdeu o título para o CAD, de Guarapuava. Mas nessa altura da competição Tchelo e seus comandados já haviam feito história: colocaram a pacata Mariópolis, com seus sete mil habitantes, no mapa da elite do principal estadual de Futsal do Brasil. Em entrevista ao Jornal de Beltrão, o paulistano de 53 anos refletiu acerca da campanha e revelou se fica no Sudoeste para a inédita Série Ouro, da Aaema.
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JdeB: Nas entrevistas ao longo do ano, você sempre atribuiu o mérito das vitórias. Mas é fato que o time estava em baixa antes de tua chegada. Em que grau você acredita que foi importante para a Aaema?
Tchelo: São os jogadores que vão à quadra. Quando eu joguei, me via protagonista, então agora tenho essa consciência. Me considero parte da engrenagem de uma máquina. Sou necessário para que ela funcione. O meu dedo está nas tomadas de decisões de logo quando cheguei. Acredito que não seria possível chegar aonde chegamos com aquele plantel. É o meu ponto de vista e não vou criticar ninguém. Cada um tem um jeito de trabalhar. Tínhamos condições de nos classificar e ficar entre os oito, mas eu entendia que, se conseguíssemos isso, seria mais fácil passar da 2ª fase, porque era muito difícil ficar entre os oito. Isso deu confiança, os meninos se conheceram mais.
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JdeB: Comentava-se nos bastidores de uma volta sua para a Itália. Não vai renovar com a Aaema?
Tchelo: Não retorno para a Itália, pelo menos por enquanto. Renovei e fico em Mariópolis.
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JdeB: Em 2021, os promovidos da Série Prata tiveram destinos distintos. O Coronel foi rebaixado, enquanto o Operário terminou em 3º. O que a Aaema pode aprender com isso?
Tchelo: Podemos tirar uma mescla de ensinamentos. O Operário manteve uma base de elenco, de jogadores que já eram do nível da Série Ouro, enquanto o Coronel mudou muito, perdeu atletas e ficou pelo caminho. São situações para entender o que cada um fez para dar certo ou errado. Nós não conseguimos o acesso por acaso, mas precisamos ser inteligentes para nos manter nesse nível.
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JdeB – Esse elogio à manutenção da base do Operário é um indício de que o teu time terá muitas renovações?
Tchelo: Parte do grupo deve renovar, não dá para cravar a quantidade nem revelar nomes, por conta das negociações em andamento. Alguns destaques receberam propostas, outros vamos conseguir manter, faz parte do mercado.

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