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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Governador deve anunciar medidas em apoio aos municípios do Sudoeste

Norberto, da Seab. Foto: Ivo Pegoraro/JdeB.

JdeB – O governador Carlos Massa Ratinha Júnior (PSD) vem hoje a Francisco Beltrão para um encontro com os prefeitos dos municípios do Sudoeste. Ontem, em visita à redação do JdeB, o secretário estadual de Agricultura, Norberto Ortigara, revelou que o governador Ratinho Júnior provavelmente fará anúncios de apoio aos municípios que tiveram prejuízos decorrentes das fortes chuvas dos dias 10, 11 e 12 de outubro.

Os maiores danos foram em estradas e lavouras de culturas de inverno e no solo. Norberto disse: “Foi um evento [climático] catastrófico num momento delicado de colheita da safra de inverno ou de implantação da safra 2022-2023. Esse tipo de chuva não tem sistema que resista, é bruto, ele prejudicaria em qualquer condição”.

Mas ele deixa claro que: “O solo não compactado [é prejudicado]. Portanto, um solo bem compactado, e tem técnica para isso. Um solo bem coberto, acaba minimizando os efeitos. Essa chuvarada é fora do comum: 228 mm em 36 horas não tem muito no sistema que acabe não provocando, nem que seja pé de galinha, ou seja, a erosão laminar. Mas ele deixa claro a gente tratar com carinho o solo e a água”.

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Norberto Ortigara ressaltou que o poder público não fará novos investimentos em conservação de solos, mas está estudando questões relacionadas ao solo em várias regiões do Paraná.

“O Estado não vai fazer como fez no passado, pegar dinheiro e usar trator e máquina pra fazer terraceamento [sistema de conservação de solo]. O que nós estamos fazendo é pegar dinheiro do Estado e investindo em seis a sete macroparcelas do Estado, a gente está estudando a melhor recomendação pro agricultor. Estão em curso pesquisas, com talhões grandes, macroparcelas, aonde tem lá a lavoura normal e a lavoura bem trabalhada pra gente aferir qual a melhor recomendação para cada tipo de solo do Paraná, seja latosolo, seja sedimento ou arenito, pra gente ter a melhor recomendação possível.”

Ortigara reconheceu a situação de dificuldade neste momento para os agricultores e municípios.

“No curto prazo há um desalento, se perdeu [sementes e fertilizantes], o agricultor acabou de colocar a semente na terra, está lá o milho que não cresce, vai atrasar o plantio do milho [de segunda safra] ali em janeiro ou fevereiro, porque vai atrasar a colheita. É todo um drama… Tem perdas. Tem perdas de estrada, de pontilhões, de bueiros e tanta coisa que foi carregada. Nesta sexta-feira, o governador Ratinho Júnior estará aqui na Amsop e deve anunciar um conjunto de medidas, espero, que possa minimamente socorrer as comunidades e municípios na recuperação, minimamente, das estradas, ou da capacidade do município investir.”

Algumas propostas

Norberto disse não ter informações de todo o conjunto de medidas que serão anunciadas.

“Porque elas estão sendo refinadas, mas provavelmente virá alguma forma de moratória para os municípios, para aqueles que devem ao próprio Estado. O Estado assume parte do custo do dinheiro, posterga, ou Estado dando recursos a fundo perdido para os municípios, ou provavelmente as duas coisas. A abertura de novas linhas de financiamento pra coisas que sejam urgentes para os municípios. Nós não temos muito o que fazer, a não ser dedicar o nosso time técnico pra cada agricultor que precisa de ajuda e achar a melhor alternativa, se replanta, se aproveita o que sobrou ou troca de alternativa porque o prazo tá curto, essas coisas a gente pode fazer tecnicamente. Obviamente, que estamos atentos a questões de laudos de seguro, de perdas, isso a gente faz com normalidade dentro do nosso escopo de trabalho. Mas a gente lamenta as perdas havidas, perdas de solo, a parte que foi carregada, perda de infraestrutura rural e urbana, asfaltos urbanos, estradas, quantas imagens ruins de não acesso. O frango que não sai. O leite que não sai. Essas coisas são complicadas, difíceis, e a gente espera poder cooperar com os municípios na rapidez da recuperação.”

Os escritórios da Seab de Cascavel, Dois Vizinhos, Beltrão, Pato Branco e União da Vitória já levantaram que quase 24 mil quilômetros de estradas rurais foram muito danificadas. Norberto explicou: “Isso exigiria no mínimo de 30 a 35 milhões de reais pra tentar recuperar as estradas”.

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