Por Marcos Staskoviak – O fim da mais curta pré-temporada da Fórmula 1 deu indícios de que equipes como Williams, Alfa Romeo e Aston Martin melhoraram seus carros. Já Alpine e McLaren se destacaram pela perda de terreno diante das adversárias.
O campeonato começa com poucas alterações técnicas, ou seja, os carros de 2023 são uma evolução de 2022. Houve uma ligeira alteração na altura do assoalho dos carros e a Pirelli apresentou um novo pneu de composto duro, bem como um novo modelo para chuva.
Além disso, esse ano os tests se resumiram a apenas três dias no Bahrein.
O time que apresentou a melhora mais consistente foi a Aston Martin, que além de contratar o Fernando Alonso para substituir Sebastian Vettel, construiu uma nova fábrica e tirou os engenheiros Dan Fallows e Andre Alessi da Red Bull, para serem seus novos diretor-técnico e chefe de operações, respectivamente. Imagina-se que o novo AMR23 tenha muito do RB18 campeão em 2022.
Outros times que sobressaíram foram a Williams, que completou 181 voltas a mais em 2023 do que em 2022 no Bahrein e baixou em 2.521 segundos seu melhor tempo, assim como a Alfa Romeu que melhorou sua volta mais rápida em 2.158s.
Por outro lado, McLaren e Alpine foram as decepções. Enquanto a primeira só conseguiu melhorar em um segundo sua volta mais rápida, se comparada com os testes de 2022, a segunda andou para trás, com sua melhor volta 0.860s mais lenta que em 2022.
Mercedes e Haas
No meio disso tudo, a Mercedes conseguiu baixar em mais de dois segundos seu melhor tempo, praticamente com o mesmo número de voltas, mas a visível instabilidade do carro não animou o multicampeão Lewis Hamilton. A Haas, por outro lado percorreu 162 voltas a mais em 2023, mas baixou em apenas 0.860s sua melhor passagem.
Red Bull e Ferrari
De modo até tranquilo, a Red Bull continua a equipe a ser batida, fazendo o melhor tempo dos testes com Sergio Perez em 1’30.305 e percorrendo 413 voltas de modo estável e sem problemas. A Ferrari avançou dentro da média (1.391s) e promete disputar as sobras da Red Bull com a Mercedes.
Punição
A esperança das rivais é a punição que a Red Bull vai sofrer este ano por estourar o teto de gastos (US$ 145 milhões) em 2022 em US$ 1,8 milhão. Além da multa de US$ 7 milhões o time terá uma redução de 10% no seu tempo de uso do túnel de vento, o que pode comprometer o desenvolvimento do carro ao longo do ano.