15.3 C
Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Perspectivas de reação nos investimentos da construção civil

Novas casas de saúde estão sendo construídas em Beltrão, Nova Prata, Realeza e Salto do Lontra.

- Publicidade -
O Hospital Geral Intermunicipal em construção no Bairro Água Branca. Foto: Leandro Czerniaski/JdeB.

Por Badger Vicari – A saúde do Sudoeste deu um salto de qualidade na medida que muitas conquistas foram ganhando corpo, como o Hospital Regional de Francisco Beltrão, o credenciamento do Ceonc-Hospital do Câncer, também em Beltrão. E projetos que estão dando seus passos nesta década, como o hospital intermunicipal, no Bairro Água Branca (Beltrão), que vai atender, com espaço e equipamentos modernos, os 27 municípios da microrregião, e também os hospitais de Salto do Lontra, Nova Prata do Iguaçu e Realeza.

“Considero importante a criação de novos hospitais, porém com perfil bem definido para atender as reais demandas da região, como leitos de cuidados prolongados, leitos psiquiátricos e cirurgias eletivas. Planejar a administração e gestão desses hospitais com muita responsabilidade é fundamental, para que no futuro esses serviços não se tornem inviáveis”, comenta Leandro Legramanti, secretário de Saúde de Eneas Marques e presidente do Cresems (Conselho Regional de Secretários Municipais de Saúde do Sudoeste).

O Cresems está se constituindo num grupo executivo para a implementação das ações propostas, no sentido de garantir a integralidade no atendimento à saúde, trabalhando com a 8ª Regional de Saúde de Francisco Beltrão. Para o hospital intermunicipal, a meta agora é conseguir verba (estadual e federal) para equipá-lo e, na sequência, a contratação de pessoal. A estrutura, erguida ao lado do CRE, tem mais de 12 mil m², e terá mais de 90 leitos.

Hospital com 24 leitos para Salto do Lontra

Em Salto do Lontra, o projeto contempla a construção de um complexo hospitalar de 24 leitos com pronto-atendimento. O hospital terá procedimentos clínicos, ginecologia, obstetrícia e cirurgias de baixa complexidade. O aporte inicial do convênio, de R$ 8 milhões, já foi assinado. “Esse hospital que vamos ter, para atender a nossa população, é a maior realização da nossa história em termos de saúde”, diz o prefeito Fernando Cadore. A ordem de serviço para a execução das obras foi assinada dia 14 de dezembro último.

Fernando Cadore enfatiza o apoio recebido pelo deputado Traiano (PSD) para a concretização do projeto. “Então, graças ao bom Deus e ao apoio de todos, todo mundo ajudou, todo mundo colaborou, especialmente o nosso glorioso Ademar Traiano, presidente da Assembleia, deputado e irmão da gente, se tornou um lontrense de coração, se não de berço, mas de coração, porque realmente o que ele fez por nós ninguém fez, ele está fazendo. Ele nos arrumou R$ 8 milhões no Governo do Estado e o município tá assumindo mais quase R$ 5 milhões de contrapartida, que serão pagos em parcelas, com um sacrifício muito grande da nossa gente.

O prefeito Sergio Faust e demais pessoas na solenidade de aquisição da Policlínica. Foto: Assessoria.

Nova Prata compra a policlínica

Em Nova Prata do Iguaçu, o prefeito Sérgio Faust e o vice Odair Pez assinaram dia 6 de janeiro o documento de aquisição da Policlínica que pertencia ao médico e empresário Luiz Carlos Langer. A verba, recursos do município, é de aproximadamente R$ 3,8 milhões e esse debate movimentou as lideranças locais no decorrer deste ano. Esse investimento está amparado numa pesquisa de opinião que a administração fez, obtendo amplo apoio da população nova-pratense. A saúde é sempre uma prioridade.

A fase seguinte será de elaboração dos projetos de reforma, revitalização e remodelação do hospital. Na solenidade de anúncio da compra do imóvel – prédio e terreno –, o prefeito Sérgio Faust e o vice Odair Pez pediram o apoio da 8ª Regional de Saúde visando o encaminhamento dos diversos projetos. A cerimônia realizada em frente ao hospital reuniu as lideranças locais e regionais e moradores de Nova Prata do Iguaçu.

Leandro Legramanti, do Cresems, destaca: “Acredito que vivemos um bom e importante momento da saúde da região, esses novos serviços também têm o objetivo de criar novos postos de trabalho e atrair especialidades que hoje não são suficientes para atender as necessidades da região”.

Realeza tem novas exigências sanitárias

Para o hospital municipal de Realeza, a arquiteta Andrea Cláudia de Oliveira e o engenheiro civil Alexandre Cardoso estão acompanhando os últimos ajustes para atender às novas exigências sanitárias e do Corpo de Bombeiros, visando a finalização dos projetos.

Recentemente houve reunião com o engenheiro eletricista e de segurança do trabalho Willy Schulz Neto. Ele está prestando assessoria no projeto elétrico do futuro hospital. As mudanças das exigências ocorreram após a pandemia de covid. A obra está temporariamente paralisada. Mas os recursos financeiros para a construção estão garantidos.

Dois Vizinhos terá prédio de UTI

Em Dois Vizinhos, a meta para 2023 é a construção do prédio para as UTIs do município, que hoje estão dentro do hospital Pró-Vida. “Vamos construir, em 2023, o prédio, anexo ao hospital”, garante o prefeito Carlinhos Turatto. Ele lembra, com agradecimento, o grande apoio que teve da sociedade duovizinhense na doação de equipamentos para os leitos de UTI, como o Lions Clube, BRF, Cresol, Sicredi e Sicoob, nos anos difíceis de enfrentamento da covid.


Colaborou Flávio Pedron.

A vice-prefeita Sandra Ribeiro e o prefeito Fernando Cadore com o engenheiro da empresa que vai construir o hospital de Salto do Lontra e a ordem de serviço. Foto: Assessoria.

Samu no Sudoeste, o desafio de 2023

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência é necessário para a região. Hoje, a maior parte do custeio desse serviço — de cerca de R$ 2,7 milhões mensais — é mantida pelos municípios (66%). Outros 14% pelo Estado e 20% pela União. Mais de 90% são para pagamento de recursos humanos.

“Reconhecemos a qualidade do serviço de atendimento pré-hospitalar prestado pelo Samu, porém o custo para os municípios está se tornando alto demais, grande parte dos municípios já investem mais de 25% do orçamento em saúde, entendemos que o financiamento da saúde é tripartite, mas estamos bancando praticamente tudo, cirurgias, exames de diagnóstico, medicamentos, profissionais, serviços hospitalares, etc. e não sabemos até onde e quando iremos suportar esse custo”, comentou Leandro Legramanti, secretário de Saúde de Eneas Marques e presidente do Cresems. “Devemos nos unir e fazer um grande movimento para que a União e o Estado cumpram com sua parte no financiamento do Samu, caso contrário, realmente sua manutenção e também de outros serviços importantes serão incertos”, alerta Leandro.

Para o prefeito de Dois Vizinhos e presidente da Comissão de Saúde da Amsop, Carlinhos Turatto, a questão do Samu é premente. “As prefeituras não têm condição de continuar bancando esse percentual; se cada órgão criado o município tem de bancar, não sobra pra investir em outras áreas”, comentou.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques