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Francisco Beltrão
terça-feira, 24 de junho de 2025

Edição 8.231

24/06/2025

SEMANA SANTA

Apesar da chuva, igrejas matrizes lotam para o Domingo de Ramos

Missas abriram a programação da semana mais importante para os católicos.


Celebração do Domingo de Ramos lotou a Concatedral Nossa Senhora da Glória, assim como aconteceu com as demais igrejas. Só faltou a procissão, porque choveu. Foto: Flávio Pedron/JdeB.

JdeB – A chuva que caiu na manhã de domingo, 13, em Francisco Beltrão, impossibilitou a realização das procissões no Domingo de Ramos que marcou a abertura da Semana Santa para a Igreja Católica. Em todas as igrejas matrizes foi grande o número de fiéis presentes para participar das missas e receber a bênção de ramos dos padres. Na Concatedral Nossa Senhora da Glória, a missa foi presidida por dom Edgar Ertl, bispo diocesano, e concelebrada pelo padre Thiago Berra, pároco.

Dom Edgar expôs, de forma resumida, o Domingo de Ramos. “Na frase de Santo Agostinho, a Semana Santa é a semana maior, é a semana por excelência, a mãe de todas as semanas, porque neste domingo nós entramos com Jesus, triunfalmente, em Jerusalém, como o bendito, aquele que vem em nome do Senhor. Ele que entra não para um festejo somente, mas entrega-se para a redenção da humanidade. Então, a entrada de Jesus no Domingo de Ramos em Jerusalém, podemos dizer, é uma entrega de amor para a salvação da humanidade. Mesmo sabendo da morte, sabendo das acusações, da paixão, do sofrimento, Jesus não recua, ele prossegue, vai porque ele sabe que sua entrega é para redimir o nosso pecado, redimir o mundo, salvar o mundo. Então, esse é o aspecto do Domingo de Ramos. Ele é aclamado: Hosana, aquele que vem em nome do Senhor para salvar-nos”.

Dom Edgar acrescentou dizendo que “o segundo aspecto da Semana Santa é que também nós vamos escutar a narração da Paixão, ou seja, toda a trama em torno da pessoa de Jesus, diríamos esse desconforto que o Império Romano, os doutores da lei, os fariseus e os próprios judeus, se sentiam diante de Jesus, ou seja, como este se diz filho de Deus? Não! O filho de Deus virá de outro lugar, de outro modo. Então, há uma recusa em torno da pessoa de Jesus, todas as acusações, todas as blasfêmias, todo o atentado é exatamente porque não o consideram como salvador. Mas Jesus, mesmo assim, aceita a cruz, aceita a paixão, aceita a morte, porque Ele sabe que o Pai não o deixará na morte, não o deixará na sepultura e que ele vai ressuscitar. Então, é a semana de oração, de contemplação, não é repetir uma cena de um teatro. Hoje nós estamos revivendo momentos históricos de Jesus de Nazaré, filho de Maria e José. Não é somente encenar a vida de Jesus, a paixão de Jesus, a entrega de Jesus, mas é reverenciar na nossa própria história e a vida de Cristo, o nosso batismo, no batismo, nós fomos incorporados na vida de Cristo, mas também na sua paixão, morte e ressurreição”.

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O bispo destacou a vivência profunda na fé em Jesus, pelos cristãos, “porque é um mistério: como assim, o filho de Deus vai para a cruz? Deus permite que o seu filho vá para a cruz? Sim, Deus permite, mas Deus sabe o que vai fazer, ou seja, a morte não triunfará sobre a vida de Jesus, sobre a sepultura de Jesus, mas sim a vitória da vida, da ressurreição, da eternidade. Isso é um mistério, é um mistério de fé, um mistério de amor, mistério de esperança, ou seja, Ele é o Salvador, nós cremos, nós esperamos naquilo que vai acontecer com Ele e, em consequência, aquilo que vai acontecer conosco também. Nós cremos na ressurreição, nós cremos na eternidade e a Semana Santa, então, é a grande síntese da história da salvação”.

Programação intensa

Várias missas e procissões e momentos de adoração estão programados. Quinta-feira à noite, nas igrejas matrizes, haverá a tradicional Missa do Lava Pés.

Na Sexta-feira Santa, feriado, acontecem os momentos de oração, adoração e a celebração da Paixão e Morte de Jesus Cristo e as procissões à noite. Sábado de Aleluia, as celebrações de vigília com a renovação do batismo e a presença dos católicos com água e velas para bênção e o encerramento da programação no Domingo de Páscoa, para lembrar que Jesus Cristo ressuscitou.

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