A 27ª edição da festa de Salgado Filho teve grande público, boas vendas e a promessa de que ano que vem tem mais.

JdeB – “Muita correria mas, graças a Deus, é gratificante quando tudo acontece da melhor forma. Produtores todos satisfeitos, comercializaram mais do que esperavam, produtos coloniais, café, almoço… Sem sombra de dúvidas, foi a maior festa do vinho do município. Quanto ao público, parque lotado, os bailes também, os pavilhões com lotação máxima. O domingo superou todas as expectativas de público, a cidade lotada, os estacionamentos lotados de veículos, o parque cheio, os pavilhões cheios, uma movimentação intensa de pessoas. E os três dias, graças a Deus, sem nenhuma ocorrência que viesse prejudicar o bom andamento da nossa festa.”
Este relato do presidente da comissão organizadora, Adair Sugari, diz bem o que foi a 27ª Festa do Vinho e do Queijo de Salgado Filho, realizada de sexta-feira a domingo.
O prefeito Volmar Duarte confirmou essas informações. Ele viu muita alegria nos produtores, que “venderam tudo e mais um pouco e abriram portas para continuar comercializando sua produção”. O prefeito falou também do desempenho das entidades, clubes sociais e de serviços que fizeram sua parte, assim como elogiou o trabalho da Polícia Militar. Se não houve ocorrências negativas, assim como aconteceu no ano anterior, se deve à estratégia da polícia, que soube como fazer para manter em ordem a circulação de tanta gente. Em alguns horários, segundo a estimativa divulgada pelo prefeito, havia mais de 15 mil pessoas circulando.

Quem também só tem elogios para a festa deste ano é o ex-vice-prefeito e ex-coordenador geral Astério Marchetti, que neste ano foi o responsável pelo pavilhão da agroindústria. Aos 55 anos, ele acompanhou todas as festas, desde quando o local não tinha asfalto e uma chuva podia prejudicar muito. Agora não, ele observa que os pavilhões são próximos e está tudo pavimentado, não tem mais barro e a festa é tradicional. Assim como as anteriores, a 27ª atraiu visitantes de toda a região, mais Oeste de Santa Catarina e do Paraná e até do Mato Grosso. “As festas de Salgado Filho sempre foram boas, sempre de grande sucesso, mas esta foi excelente, em público, em vendas, em tudo”, resume Marchetti.
Boas vendas, ano que vem todos voltam
No anoitecer de domingo já tinha barracas fechadas, por falta de produtos, os expositores haviam vendido tudo. Entrevistas confirmam que as vendas foram boas e a afirmação de todos é que no ano que vem vão participar outra vez.
“Eu participo 16 vezes, com esta, e nós somos os únicos vendedores de queijos que ficam até o fim, porque ainda temos queijos pra vender”, dizia Ivonete Flach.
A produção de sua família é de 5 mil litros de leite por dia de fabricação, sempre às segundas, quartas e sextas-feiras, o que dá 15 mil quilos de queijo por dia. “Aquela parte que eu vendo pra Pato Branco toda segunda-feira segurei em casa, senão eles iriam reclamar”, disse Ivonete, que não escondia sua satisfação, assim como toda a equipe, pelo resultado da feira. Diz que na festa a venda maior é de queijos temperados e ao vinho e, em casa, vende mais queijo colonial.

Para Amarildo Dalle Laste, que continua fabricando o famoso Vinho do José, iniciado por seu falecido pai, a festa deste ano foi boa. “O vinho saiu muito bem, esta foi uma das maiores festas. O que nós tinha programado pra vender, uns quatro mil litros, deu certo.”
Ele também vendeu sucos, uns mil litros. Ele viu que os demais produtores também venderam bem. Para o ano que vem, já garante que vai participar outra vez, “com um pouco mais e com qualidade, o povo gostou do nosso vinho”, comemorou Amarildo.

Entre os expositores mais novatos, estava a KV Conservas, que participou pela segunda vez. Kelvin Klein (ajudado, nas vendas, pelo irmão Cristian), da Linha Bandeirantes, vendeu panificados, doces, conservas e geléias. “Foram muito boas as vendas, mais que a expectativa”, avaliou Kelvin, que já está garantindo sua participação na festa do ano que vem. Neste ano, como estreante, estava a APMI de Salgado Filho. Domingo à noite, enquanto Marilene Celante e Írides Lando Scatola guardavam o que sobrou de artesanatos que levaram para vender na festa (produzidos por dois clubes de mães), elas diziam que sua participação poderia ter sido melhor se tivessem tido tempo para se preparar melhor. A procura maior era por panos de prato com crochê, o que tinham pouco. Marilene e Írides garantem que no ano que vem vão participar novamente, mas querem se preparar com mais tempo e produzir mais do que faltou neste ano de estreia.
