Diretor da Funeas acredita que nos próximos dias os outros 30% que faltam serão fechados.
Marcello Machado acredita que os demais contratos serão fechados.
Foto: Flávio Pedron/JdeB
O secretário estadual de Saúde, Beto Preto, esteve ontem em Francisco Beltrão para visitar os hospitais Regional e do Câncer e acompanhar também as negociações da direção da Fundação Estatal de Atenção em Saúde do Estado do Paraná (Funeas) visando a contratação de médicos que vão atuar no HR. A Funeas é responsável pela contratação da maioria dos profissionais médicos que atuam no Hospital Regional e os contratos de prestação de serviços estão chegando ao fim. “Nós pegamos [a saúde] sem transição”, comentou o secretário de Saúde.
Beto Preto chegou de manhã, de avião do governo, e retornou à tarde com o avião da TwoFlex que começou a interligar o Aeroporto de Beltrão ao Aeroporto Afonso Pena, na região metropolitana de Curitiba, três vezes por semana. “Estou agradecido pela acolhida em Francisco Beltrão”, disse o secretário, antes do embarque. Ele retornou, de tarde à capital, porque teve a garantia de que o avião viria e retornaria ao Afonso Pena.
Presidente da Funeas em Beltrão
Beto estava acompanhado do presidente da Funeas, Marcello Augusto Machado, que permaneceu na cidade. Em entrevista exclusiva para o Jornal de Beltrão, Marcelo explicou como está a negociação da fundação com os médicos e empresas de prestação de serviços de medicina que atuam no Hospital Regional.
Dia 28 de outubro vencem os contratos de prestação de serviços dos médicos terceirizados. Dia 16 de outubro houve uma sessão de credenciamento de profissionais de saúde. Marcello adiantou que 70% dos contratos foram renovados com o índice reajuste pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M). Outros 30% não aceitaram porque querem um índice de reajuste maior. Mas também foram apresentadas propostas de profissionais/empresas interessados em realizar serviço no HR.
O presidente da Funeas disse que serão renovados os contratos com os 70% de profissionais que aceitaram a reposição pelo IGP-M. Em relação às outras empresas/profissionais novos que encaminharam suas propostas, a instituição está analisando as propostas. Em quatro especialidades, no momento, não há profissionais com contratos fechados: ortopedia, cirurgia geral, obstetrícia e UTI Adulto (médico intensivista).
Marcelo disse que está sendo analisada uma fórmula de pagamento em horas e também por produtividade de serviços, com o aumento de consultas e cirurgias. “Mas ainda não tivemos aprovação por parte da Secretaria de Saúde”, ressaltou.
Ontem teve sessão complementar de negociação de contratos, complementar. O presidente da fundação salientou que “o nosso intuito é que os serviços continuem sendo mantidos”. As negociações com os prestadores de serviços vêm ocorrendo há mais de cinco meses. Neste período, a direção da Funeas conversou com os médicos e a Secretaria de Estado da Saúde. A Secretaria não teria aceito uma correção maior dos valores devido a questões orçamentárias.
Apesar dos percalços nas negociações, Marcello está confiante de que as negociações vão evoluir e se conseguirá solucionar os impasses. “Acredito que até o final de semana chegaremos a um acordo”, comentou.
Cinco hospitais
A Funeas mantém profissionais de saúde e de outras áreas, contratados, para atuar nos hospitais regionais de Guaraqueçaba, Paranaguá, Beltrão, Infantil de Campo Largo e do Norte Pioneiro, de Santo Antonio da Platina.
No HR de Beltrão 140 médicos têm contrato com a Funeas e oito médicos são concursados pela Secretaria de Saúde. Nos setores de limpeza e vigilância há mais 64 trabalhadores contratados pela fundação.
Marcello disse que assumiu a presidência da Fundação, no começo ano, com três meses de atrasos nos salários do pessoal, serviços que eram prestados sem contratos. “Tivemos momentos ruins, mas estamos superando”, ressaltou.
