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Francisco Beltrão
domingo, 01 de junho de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Adesão baixa à vacina contra o vírus HPV preocupa entidades de saúde pública

Na 8ª Regional, a adesão da segunda dose é ainda menor.

 

A vacina só tem eficácia com as duas doses e está disponível em 2 mil unidades de saúde.
Foto: VeniltonKüchler/Aen

 

 A 8ª Regional de Saúde de Francisco Beltrão divulgou dados da vacinação do HPV em toda a região. Apenas 9% das meninas de 9 a 14 anos e 25% dos meninos de 12 a 13 anos tomaram a primeira dose da vacina em todos os municípios que integram a regional de saúde. Na segunda dose, o número se mantém na faixa etária feminina, mas cai para 5% nos meninos. No Paraná, a adesão alcança 40% na primeira dose e apenas 20% na segunda. 
O papilomavírus humano (HPV) é a principal causa do câncer do colo de útero, correspondendo a 99,7% dos casos, segundo o instituto americano PathologyOutlines. O Instituto Nacional do Câncer estimou 16.340 novos casos de câncer do colo de útero em 2016. É o 4º tipo de câncer mais comum no mundo. Somente no Paraná, em 2016, 713 mulheres morreram em decorrência da doença.
São mais de 150 tipos diferentes de HPV, desses, 13 são reconhecidos como oncogênicos, ou seja, que há potencial cancerígeno.  A vacina imuniza contra os HPVs 16 e 18, correspondentes a 70% dos casos de câncer do colo de útero, e dos tipos seis e 11, que provocam 90% das verrugas genitais. “São duas doses da vacina em um intervalo de seis meses. A adesão é muito baixa em toda a regional, principalmente na segunda dose da vacina”, diz a enfermeira epidemiológica da 8ª Regional de Saúde, Nathielli Vieira. 

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19% dos meninos 
Em Francisco Beltrão, por exemplo, 19% dos meninos tomaram a primeira dose, mas na segunda, esse número cai para 5%. A baixa adesão na segunda dose atinge, principalmente, os municípios de: Ampere, Capanema e Nova Esperança, 2%; e Barracão, Bom Jesus do Sul, Eneas Marques e Santo Antônio, todos com 3%. O número é um pouco melhor em Boa Esperança do Iguaçu, com 15%; Flor da Serra do Sul, 13%; e Manfrinópolis, 12%. 

Baixa adesão das meninas
Os municípios com baixa adesão na segunda dose são: Boa Esperança do Iguaçu, 3%; Pinhal de São Bento, 4%; Pérola D’Oeste, 5%; e Capanema, 6%. Os municípios com uma adesão maior são: Verê, 18%: Bom Jesus do Sul, 17%: Nova Esperança e Manfrinópolis, ambos com 16%, e Cruzeiro do Iguaçu, 15%. Francisco Beltrão e Marmeleiro chegaram a 10% de adesão na segunda dose, e Dois Vizinhos, 8%.

Segura e eficaz
O chefe do Centro Estadual de Epidemiologia, João Luiz Crivellaro, disse que a principal dificuldade para que o índice de vacinação seja maior é o desconhecimento das pessoas. “Os pais têm que entender que a vacina é uma proteção, um presente para o futuro. Da mesma maneira que a criança é vacinada na infância contra doenças que podem ocorrer na vida adulta, ela deve ser vacinada na adolescência contra o HPV”, relata. A vacina é utilizada em mais de 130 países e 200 milhões de doses já foram distribuídas em todo o mundo.
Pacientes com HIV/Aids, oncológicos e transplantados de 9 a 26 anos também devem se vacinar. Para esse público são indicadas três doses da vacina contra o HPV.
*Com informações da Agência Estadual de Notícias.

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