Solicitação do Instituto Butantan abrange público de 3 a 17 anos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu um novo pedido do Instituto Butantan indicando a aplicação da vacina CoronaVac em crianças e adolescentes com idades entre 3 e 17 anos.
Em nota, a Anvisa explicou que, para a inclusão de “novos públicos na bula”, será necessário ao laboratório que conduza “estudos que demonstrem a relação de segurança e eficácia para determinada faixa etária”. “Este é o segundo pedido do laboratório para indicação do imunizante para essa faixa etária. O primeiro, apresentado em julho, foi avaliado pela Anvisa e negado devido à limitação de dados dos estudos apresentados naquele momento”, informou a Anvisa, que tem agora prazo de até 30 dias para avaliar a nova solicitação.
A Anvisa lembrou, ainda, que a vacina CoronaVac tem autorização para uso emergencial no Brasil apenas para pessoas com 18 anos de idade ou mais. “A solicitação de ampliação de uso da vacina, ou seja, a inclusão de uma nova faixa etária, é feita pelo laboratório responsável pelo imunizante”, acrescentou a agência.
Médico de Beltrão é favorável
O JdeB entrou em contato com dois pediatras, um ainda não tem opinião definida sobre isso e o outro preferiu não se manifestar. A reportagem também ouviu o epidemiologista Valdir Spada Júnior, que é favorável. “É uma vacina que está se mostrando muito segura e com efeitos colaterais (quando se tem) de curta duração e comum a qualquer outra vacina, como dor no local, uma febrícula.”
Ele acrescenta: “As crianças podem ser vetores e carregar o vírus pra dentro de casa ou dos avós. Não sabemos ainda qual é a duração da proteção da vacina, então aqueles que fizeram no início da campanha podem não ter a mesma imunidade e com as novas cepas emergindo podem escapar da proteção. Quanto mais pessoas se vacinarem, antes a gente retorna ao normal. Outros países já vacinam crianças e nenhum evento adverso grave vem sendo visto”.