A Covid se manifestou depois que o dr. Gilberto Santos dos Santos tinha recebido a segunda dose da vacina. A febre chegou a 40 graus e 50% de seu pulmão ficou comprometido. Ele reforça o alerta para que todos se cuidem.

Sexta-feira, dia 12, o dr. Gilberto Santos dos Santos recebeu a segunda dose da vacina contra a Covid. Na madrugada de sábado, não se sentiu bem. Continuou indisposto e com dores no corpo até terça-feira, 16, quando acabou sendo internado no Regional com febre de 40 graus.
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Ele diz que lembra muito pouco do que lhe aconteceu nos dois primeiros dias de internamento, mas ontem estava melhor, desde cedo. No final da tarde, quando, junto com a esposa Jaqueline, recebeu o Jornal de Beltrão para esta entrevista, sentia-se bem, estava aguardando resultado de exames e disse que sua alta dependia da avaliação de seus colegas médicos.
Dr. Gilberto é médico intensivista da UTI de quatro hospitais do Sudoeste: Policlínica e Regional de Francisco Beltrão, mais Pato Branco e Chopinzinho. Trabalhou direto desde o início da pandemia, em março do ano passado. Sempre tomou todos os cuidados, mesmo assim foi infectado.
Sabia ser de grupo de risco, pois é diabético e hipertenso. A diretora do Hospital Regional, Cintia Ramos, conta que sua equipe viu que poderia haver necessidade de intubá-lo. Felizmente não foi preciso. Dr. Gilberto atribui sua cura a seu estilo de vida. Ele nunca fumou e raramente bebe álcool.

Quanto ao hospital, poderia ter feito escolha, mas ele disse que devia receber o mesmo tratamento que é dado a todos os pacientes de Covid. Sem distinção. Ele diz que o que vale não é onde o paciente é tratado, mas como é tratado. E a equipe do Regional comemorou sua recuperação, afinal estavam tratando seu chefe. Dr. Gilberto também é o mais velho, está com 62 anos.
Às demais pessoas, dr. Gilberto recomenda que se cuidem, porque o vírus continua infectando muita gente. Ele não pede, porém, que se fique sempre em casa. Porque não se pode parar. O que tem a fazer é sempre usar máscara e álcool gel e não aglomerar – manter distância das pessoas.