Um caso grave de dengue foi registrado em Marmeleiro.
As notificações por suspeita de dengue aumentaram 6,1% na 7ª e 8ª Regional de Saúde neste ano, quando comparado ao mesmo período do último ano epidemiológico. O crescimento também é verificado em todo Estado do Paraná que, segundo a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa), está com índices acima da média histórica. Coordenadora de Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Lucia Belmonte, alerta para manutenção dos cuidados em casa, sobretudo durante a falta de chuvas, quando há maior armazenamento de água.
Os dados são calculados a partir do acumulado de casos registrados da semana 31 à semana 42 de cada ano epidemiológico. No último ano, em números absolutos, haviam 163 casos de dengue notificados neste período, enquanto neste ano já são 173.
Só a 8ª Regional de Saúde, que compreende a região de Francisco Beltrão, possui 131 notificações da doença e 18 casos confirmados, sendo um na forma grave.
O caso ocorreu num homem, morador de Marmeleiro. A Secretaria de Saúde local confirmou o caso e disse que, além da dengue, o homem contraiu Covid-19. Ele lutava contra um câncer e estava internado no Ceonc de Cascavel, onde morreu no dia 15 de agosto devido a complicações causadas pela Covid-19. Segundo a Secretaria foi o único caso grave registrado em morador de Marmeleiro do dia 25 de julho até ontem, 26. Há ainda 31 notificações e seis casos confirmados.
Já o município de Pérola D’Oeste é onde a incidência da doença está mais alta, atingindo 124,8%. O valor é calculado sobre o número da população e, por ser um município com pouco mais de seis mil habitantes, os oito casos confirmados acabam incidindo mais.
Na 7ª Regional, que compreende a região de Pato Branco, não há casos confirmados, mas já foram registradas 42 notificações – no mesmo período do último ano epidemiológico eram 34.
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Alerta
Segundo Ivana, embora os casos confirmados totais não estejam acima dos casos do período anterior, a alta notificação acende o alerta para o aumento dos cuidados, já que todo caso notificado pode ser um caso confirmado da doença.
Ela também alerta para os cuidados com a própria casa no período da estiagem. “Há muitas pessoas que neste período acumulam água. E são nestes locais onde há armazenamento que mora o risco. Por isso é muito importante que a população faça a manutenção da sua casa. Estamos mais reclusos agora [devido à pandemia], então a orientação é para que a população monitore seu imóvel para a remover criadouros”, frisa.
Em todo o Estado do Paraná, de agosto até o dia 20 de outubro, foram notificados 6.490 casos, sendo 848 confirmados para dengue, 15 para dengue com sinais de alarme, e nove para dengue grave. Outras três pessoas já morreram. A última morte foi de um homem de 69 anos, natural de Cambé, que também portava diabetes e hipertensão arterial.
