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domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Britânicos com mais de 80 anos quebram confinamento após 1º dose, indica levantamento

Saúde

ANA ESTELA DE SOUSA PINTO

BRUXELAS, BÉLGICA (FOLHAPRESS) – Quatro em cada dez ingleses com mais de 80 anos descumpriram regras de confinamento após receber a primeira dose de vacina, indica relatório divulgado nesta quinta (4) pelo serviço de estatísticas do Reino Unido (ONS).

O levantamento pesquisou idosos que haviam tomado o imunizante havia menos de três semanas, quando a proteção contra a Covid-19 ainda não está bem estabelecida. Desses, 41% afirmaram ter se encontrado com alguém de fora da sua bolha familiar (ou cuidadores), em ambientes fechados.

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Os dados foram divulgados no mesmo dia em que estatísticas mostraram uma desaceleração na queda do contágio no Reino Unido, levando cientistas a mostrar preocupação.

Quase metade (49%) dos maiores de 80 anos afirma que o coronavírus traz um risco pessoal significativo sem a vacinação, taxa que cai para apenas 5% entre os que já receberam as duas doses da vacina.

“É um pouco desanimador ver alguma evidência de aumento, mesmo que no geral a tendência continue para baixo”, diz professor da Open University.

Foto: Pixabay

Na pesquisa, feita entre 15 e 20 de fevereiro, 99,8% dos maiores de 80 anos afirmaram já ter recebido ao menos uma dose de imunizante. De acordo com o NHS (sistema público de saúde), 2.675.253 de idosos dessa faixa etária tomaram a primeira dose na Inglaterra, e até 21 de fevereiro e 342.716 receberam também o reforço.

Estabelecido em 5 de janeiro, o confinamento inglês proíbe reunir-se socialmente com familiares ou amigos, a menos que eles façam parte de sua casa ou bolha de apoio. Embora a restrição de contatos e a vacinação avançada tenham feito o número de hospitalizações e morte recuar no país, cientistas afirmaram que dados de infecção ainda causam preocupação.

Estatísticas sobre a pandemia do estudo React-1, de larga escala, divulgadas nesta quinta pelo governo britânico, mostram níveis de infecção ainda altos na Inglaterra e crescendo em alguns pontos, embora a tendência geral seja de queda.

O estudo é considerado um retrato mais preciso da realidade, porque faz testes aleatórios e representativos da população inglesa. Como as pessoas são testadas por sorteio, e não porque tenham sintomas ou outro motivo externo, a possibilidade de distorções nos resultados é reduzida.

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“É preocupante que, apesar do programa de vacinação, o número de infecções tenha começado a subir novamente em pontos da maioria das regiões inglesas”, disse Simon Clarke, professor da Universidade de Reading.

Para Clarke, como a redução do contágio está desacelerando, “continua sendo essencial que as pessoas que foram vacinadas continuem a seguir as diretrizes do governo para se protegerem e às pessoas próximas a elas”.

De acordo com ele, o governo deve refletir sobre o risco de mensagens sobre o sucesso da campanha de vacinação, que podem transmitir uma falsa sensação de segurança em relação á Covid-19.

Segundo o professor de estatística aplicada Kevin McConway, da Open University, “é um pouco desanimador ver alguma evidência de aumento, mesmo que no geral a tendência continue para baixo”.

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