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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Campanha pretende vacinar 130 mil pessoas no Sudoeste

Imunização acontece de 4 a 22 de maio. Crianças até 5 anos, idosos e gestantes são prioridade.

 

Lote de ampolas de vacina trivalente para influenza. Segundo a OMS, 1,2 bilhão de pessoas apresentam risco elevado para complicações da influenza em todo planeta.

 

A influenza é uma doença respiratória infecciosa de origem viral que pode levar a complicações graves e ao óbito, especialmente nos grupos de alto risco, como crianças menores de 5 anos e idosos. É por isso que todo ano o Ministério da Saúde coordena a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, que neste ano acontece de 4 a 22 de maio nos postos de saúde. A meta é vacinar 80% de um público-alvo de aproximadamente 49,6 milhões de pessoas em todo país – mais de 163 mil em todo Sudoeste.

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Além de indivíduos com 60 anos ou mais de idade, serão vacinados trabalhadores de saúde, indígenas, crianças na faixa etária de seis meses a menos de cinco anos de idade (quatro anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, a população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que a influenza acomete de 5% a 15% da população, causando entre 3 milhões e 5 milhões de casos graves e de 250 mil a 500 mil mortes todos os anos. Em populações não vacinadas, a maioria das mortes por influenza sazonal é registrada em idosos, entretanto, as taxas de hospitalizações em crianças menores de cinco anos são tão elevadas quanto às observadas naqueles.

Em adultos, a maioria das complicações e mortes ocorre em pessoas portadoras de doenças de base (doenças crônicas respiratórias, cardíacas, renais, hepáticas, neurológicas, diabetes, imunossupressão), obesos, transplantados, portadores de trissomias (síndromes de Down, Klinefelter e Wakany).

“Enquanto em crianças menores de 5 anos de idade, a maioria das hospitalizações e quase metade das mortes ocorre em crianças previamente saudáveis, particularmente aquelas menores de dois anos de idade”, frisa a enfermeira Greicy do Amaral, responsável pelo Programa Nacional de Imunização da 8ª Regional de Saúde.

 

Gestantes são prioridade

Cerca de 1,2 bilhão de pessoas apresentam risco elevado para complicações da influenza, segundo a OMS: 385 milhões de idosos acima de 65 anos de idade, 140 milhões de crianças e 700 milhões de crianças e adultos com doença crônica. Em relação às gestantes, o risco de complicações é muito alto, principalmente no terceiro trimestre de gestação, mantendo-se elevado no primeiro mês após o parto. A vacinação para este grupo é considerada prioritária pela OMS, pois beneficia a mãe e o bebê, particularmente os menores de seis meses de idade, que não podem receber a vacina.

“Estudos de 2014 mostram que crianças menores de 3 meses de idade tiveram maior risco de hospitalizações por influenza que as crianças de 3 a 12 meses. A maioria das internações foi registrada em crianças saudáveis (75%); destas, 10% foram internadas na UTI e 4% tiveram insuficiência respiratória. Essas proporções foram 2 a 3 vezes maiores em crianças com condições de alto risco (menor que três meses). Lactentes com menos de 6 meses de idade tiveram risco 40% maior de serem hospitalizados em UTI em comparação com bebês com idade entre 6 a 12 meses”, revela Greicy. *Com informaçãoes da assessoria.

 

Tire suas dúvidas sobre a vacina da gripe

Contra quais vírus a vacina protege? A vacina protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no inverno passado que são: Influenza A (H1N1); Influenza A (H3N2) e Influenza B. Não são os mesmos vírus do ano passado-2014.

A vacina contra gripe imuniza contra resfriado? Não, pois o resfriado é diferente de gripe. A vacina não imuniza contra o resfriado causado por outros vírus.

Há alguma contraindicação da vacina? A vacina só não é recomendada para quem tem alergia grave à proteína do ovo – usada na sua fabricação.

A vacina contra a gripe causa algum efeito colateral? Não. A vacina usada na campanha contra a gripe é segura e bem tolerada. Em poucos casos podem ocorrer manifestações de dor no local da injeção ou endurecimento. Além disso, as pessoas que não tiveram contato anterior com os antígenos – substâncias que provocam a formação de anticorpos específicos – podem apresentar mal-estar, mialgia ou febre. Todas estas ocorrências tendem a desaparecer em 48 horas.

Quem está dentro do grupo de doentes crônicos? O grupo é formado por pessoas: que tenham HIV/Aids; transplantados de órgãos sólidos e medula óssea; doadores de órgãos sólidos e medula óssea devidamente cadastrados nos programas de doação; imunodeficiências congênitas; imunodepressão devido a câncer ou imunossupressão terapêutica; comunicantes domiciliares de imunodeprimidos; profissionais de saúde; cardiopatias; pneumopatias; asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas; diabetes mellitus; fibrose cística; trissomias; implante de cóclea; doenças neurológicas crônicas incapacitantes; usuários crônicos de ácido acetilsalicílico; nefropatia crônica/síndrome nefrótica; asma e hepatopatias crônicas.

Quanto tempo leva para a vacina fazer efeito? Por quanto tempo dura a imunização pós-vacina? Em adultos saudáveis, a detecção de anticorpos protetores se dá entre 2 a 3 semanas após a vacinação, e apresenta, geralmente, duração de 6 a 12 meses. O pico máximo de anticorpos ocorre após 4 a 6 semanas após a vacinação. A imunização dura de 6 a 12 meses, por isso, quem tomou a vacina em 2014 precisa ser imunizado novamente. E porque os vírus que compõem a vacina são diferentes.

É obrigatório apresentar a caderneta de vacinação? Não é obrigatório, mas esta é um documento importante é necessário para atualização de outras vacinas do calendário de vacinação.

Fonte: Ministério da Saúde e 8ª RS

 

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