6.2 C
Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Caps 2 atende em média 450 pacientes de 27 municípios da 8ª Regional de Saúde

Os atendimentos são feitos conforme plano terapêutico desenvolvido individualmente.

Patrícia Motter, coordenadora do Caps 2, em Francisco Beltrão.

O Centro de Atenção Psicossocial Dr. Wálter Alberto Pecóits (Caps 2) atende, hoje, em média 450 pacientes advindos dos 27 municípios pertencentes à 8ª Regional de Saúde. Os atendimentos são feitos conforme plano terapêutico desenvolvido individualmente. Sendo compreendidos atendimento médico, psicológico e oficinas terapêuticas.

Patrícia Motter, coordenadora do Caps 2, alerta que o Brasil já é o país com maior índice de transtornos de ansiedade e um dos maiores na prevalência de quadro depressivo no mundo. “Infelizmente, vemos como reflexo da pandemia uma piora expressiva destes transtornos, principalmente pelos fatores de estresse da situação atual, como medo de adoecer, medo de perder entes queridos, sensação de impotência frente à nova realidade, insegurança em relação ao emprego e receio de não conseguir suprir mesmo as necessidades mais básicas do cotidiano.”

A proposta de alteração na política brasileira de saúde mental ainda não veio como uma portaria oficial, mas está em estudo. Segundo Patrícia, a revogação levaria ao encerramento de vários programas do Sistema Único de Saúde (SUS), como o de reestruturação da assistência psiquiátrica hospitalar, as equipes de Consultório na Rua, o Serviço Residencial Terapêutico e a Comissão de Acompanhamento do Programa De Volta para Casa. Também corre risco a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas.

- Publicidade -

“A revogação das portarias, se confirmada, representa um desmonte nas políticas de saúde mental da rede pública do País, concretizando retrocessos, agravados por um contexto de crise econômica e sanitária em decorrência da pandemia da Covid-19, através da qual milhões de pessoas estão perdendo suas vidas, vivenciando processos de adoecimento, desemprego, precarização do trabalho e outros inúmeros obstáculos. Consequentemente, agravando as questões da saúde mental e aumentando as necessidades de cuidados.”

Patrícia completa que, até o momento, nada foi revogado, todavia, a mudança acabará tendo como resultado menor oferta de cuidados e menos recursos para a saúde mental.

[relacionadas]

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques