Médicos e autoridades estão preocupados com a proliferação da doença e falta de responsabilidade da população.
Dados do Boletim Epidemiológico de 2016, do Ministério da Saúde, mostram que, entre os anos de 2014 e 2015, a sífilis adquirida teve um aumento de 32,7%, a sífilis em gestantes 20,9% e a congênita, de 19%. Em 2015 foram notificados 19.228 casos de sífilis congênita, uma taxa de incidência de 6,5 por 1.000 nascidos vivos. Já a Aids, são registrados 40 mil novos casos de portadores por ano.
A apreensão é ainda maior quando o assunto é relacionado às gestantes. Durante a gestação, os maiores riscos acabam sendo para o feto, que pode evoluir para aborto espontâneo, parto prematuro, cegueira, surdez e morte do bebe ao nascer.
O médico infectologista Valdir Spada Junior, membro do corpo clínico do Hospital Regional do Sudoeste (HRS) e também do SAE/CTA de Francisco Beltrão, diz que a região segue o padrão nacional de aumento do número dos casos das doenças. “Se não tratada, a sífilis pode causar danos neurológicos importantes com sequelas graves como demência, problemas cardíacos, lesões de pele, a perda da visão e até mesmo a morte”, alerta.
O SAE/CTA de Francisco Beltrão atende toda semana uma média de dois a três casos de HIV novos e a história é quase sempre a mesma. “Eles dizem ‘eu nunca acreditei que isso pudesse acontecer comigo’. É preocupante por se tratar de uma doença sem cura até o momento e bastante estigmatizada pelo preconceito”, comenta dr. Valdir.
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