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Francisco Beltrão
terça-feira, 27 de maio de 2025

Edição 8.213

28/05/2025

Corrida e pintura ajudaram Aline Krupkoski a superar a Síndrome de Burnout

Além disso, Aline Krupkoski fez psicoterapia e ano passado teve alta.

Aline Krupkoski: A pintura como expressão da criatividade sem cobranças.

A beltronense Aline Krupkoski trabalha com arquitetura há 12 anos e, por um período, sua paixão também se tornou um pesadelo. “É um trabalho criativo, porém, muito meticuloso e detalhista.” Após ler uma notícia sobre Síndrome de Burnout, ela se identificou, principalmente por causa da tríade de sintomas: exaustão emocional, despersonalização e diminuição da realização pessoal.

Ela conta que 2013 foi um ano difícil, ela perdeu o pai Alesio Krupkoski e seu escritório estava no ápice. “A construção estava numa fase ótima e a procura pelos nossos serviços estava em uma crescente. Encontrei uma forma de lidar com o luto: entrar de cabeça no trabalho. Nunca trabalhei tanto quanto nos anos seguintes, 2014 e 2015.”

Entre estudos, projetos em desenvolvimento, projetos em análise na prefeitura e obras, ela estava com cerca de 50 projetos ativos ao mesmo tempo.

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Mas logo chegou a “conta de tanto trabalho”. Aline começou a ficar ansiosa, esgotada física e mentalmente e com vontade de se afastar de tudo e de todos.

“Passei a antecipar todos os possíveis problemas que poderiam acontecer numa obra e deixar tudo extremamente detalhado no projeto – ao meu ver era uma forma de evitar que acontecessem – o que não foi nada efetivo, só me fez trabalhar mais ainda.”

Ela decidiu diminuir o ritmo de trabalho e aderiu ao programa “Desafio 5 km”, do Sesc, foi quando a corrida entrou na sua vida, além de começar aulas de pintura.

“As atividades diferentes fizeram muito bem, mas não foram suficientes para acabar com o problema. Existia uma série de atitudes que eu deveria tomar, decidi sair de alguns grupos e entidades que não estavam fazendo sentido naquele momento, me afastar de coisas que não me faziam bem, ter mais tempo pra mim. Eu sabia o que tinha que fazer, mas a linha tênue entre o saber e o fazer é crucial.

Comecei a ter crises de ansiedade que me assustaram muito e percebi que sozinha não conseguiria. Foi então que procurei ajuda psicológica e comecei a fazer terapia.” Foram dois anos e meio de psicoterapia e em 2020 ganhou alta.

Fazer o que faz bem
Aline começou aulas de pintura com a professora Ivonete Medeiros, mas sem muita expectativa, apenas com a intenção de fazer algo diferente.

“Poder expressar minha criatividade sem limites (sem um cliente ou alguém te delimitando) e para relaxar. A pintura me ensinou demais e ainda me ensina, confesso que não fazia ideia da proporção que isso iria tomar. Aprendi a confiar no processo, quando você pinta um quadro no meio sempre parece que não vai dar certo. Bate aquele desespero, vontade de largar a tela de lado. Você respira, deixa pro outro dia. Começa arrumando as proporções que deram errado, acrescenta o que for necessário, vai para os detalhes e tudo volta a fazer sentido.”

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