Enfermeira do grupo que recebeu primeiras vacinas toma segunda dose

Midiã Wanessa Orlandin foi vacinada dia 19 de janeiro, no ato oficial da chegada do imunizante.

A Secretaria de Saúde de Francisco Beltrão iniciou ontem a aplicação da segunda dose da vacina CoronaVac aos profissionais de saúde. A vacinação para essa etapa foi centralizada na unidade de saúde do Bairro Luther King e quem já compareceu foi a enfermeira Midiã Wanessa Orlandin, que estava no grupo de seis profissionais que foram os primeiros imunizados no município, dia 19 de janeiro.

Midiã trabalha no Hospital São Francisco e conta que não teve efeito colateral após a primeira dose, assim como outros colegas. “Não tive nenhum efeito colateral, nem dor no braço, no outro dia as pessoas questionaram bastante se eu tive algum efeito, mas não tive nada, nem dor no corpo, nada. Aí surgiram as brincadeiras, se eu estava virando jacaré, mas a gente passou superbem, graças a Deus. Ali, do Hospital São Francisco, todo mundo que tomou, passou bem e hoje viemos pra tomar a segunda dose, na esperança que tudo isso passe”, declarou a enfermeira.

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No posto de saúde, o espaço interno foi adaptado e uma equipe faz o atendimento exclusivo de quem vai tomar a segunda dose. Segundo o enfermeiro João Carlos Liesenfeld, as consultas da unidade serão mantidas, assim como os outros serviços de rotina.

Mariluci Moraes, técnica em Enfermagem no Conjunto Esperança, disse, enquanto esperava sua vez, que “aguardava pela vacina, porque é a esperança que a gente tem de dias melhores, de voltar a viver um pouco mais normal, pelo menos. Mas a gente não pode deixar de se cuidar, até porque tem bastante gente que ainda não se vacinou”.

Para Renan Magalhães, da área clínica do Hospital São Francisco e da Policlínica, revelou sua felicidade em receber a segunda dose: “Quando eu fiz a vacina, não me deu nenhuma reação, não senti nada. É muito gratificante, porque, do jeito que tá a Covid aí, tomando a vacina a gente se sente mais seguro, porque está precária a situação, o vírus veio pra derrubar e temos que ser fortes. Até nós, da área da enfermagem mesmo, não podemos desanimar. Estou muito feliz de ficar imunizado”. 

Imunização não é imediata
O complemento da vacina da CoronaVac é dado após 25 dias da primeira dose e, de acordo com informações do Instituto Butantan, a imunização não é imediata. “Caso uma pessoa tenha Covid-19 logo após se imunizar, isso não significa que a vacina não funcionou, mas que o seu sistema imunológico ainda não teve tempo para criar a resposta imune. Cada organismo reage de uma forma, dependendo de fatores como a faixa etária e o próprio sistema imunológico da pessoa. Em geral, em duas semanas após a segunda dose estaremos protegidos, pois esse é o tempo que nosso sistema leva para criar anticorpos neutralizantes, que barram a entrada do vírus nas células”, diz texto no site oficial. 

“Ainda vale lembrar que uma quantidade ainda maior de anticorpos pode ser registrada até um mês após o fim da vacinação, também variando de indivíduo para indivíduo. É importante esperar, porém, que grande parte da população tenha sido imunizada antes de voltarmos aos antigos hábitos, para evitar contaminar outras pessoas, já que o indivíduo que tomou a vacina ainda pode transmitir o vírus”, reforça o Instituto Butantan.

Idosos de 89 anos
Ontem, a Secretaria de Saúde de Francisco Beltrão também iniciou a vacinação para os idosos com 89 anos de idade. A vacina está sendo aplicada nas unidades de saúde dos bairros Cango, das 8h às 18h, Alvorada, Pinheirinho e Vila Nova, das 8h às 11h e das 13h às 16h30. Idosos acamados serão vacinados em casa, após contato feito pela Secretaria.