Saúde
O Hospital Regional de Francisco Beltrão (Funeas), desde o início da pandemia do coronavírus, vem intensificando o trabalho com as equipes multidisciplinares na ala Covid-19. A evidência deste fato é o número de profissionais contratados, como fisioterapeutas, psicólogos, farmacêuticos, nutricionistas, enfermeiros, técnicos de Enfermagem, dentistas, assistentes sociais, médicos, além de toda a equipe de apoio.
A instituição de saúde é referência para tratamento de pacientes com a Covid na região.Estes profissionais trabalham em prol do diagnóstico, tratamento e recuperação do paciente, buscando um consenso nas decisões de cada intervenção, com foco na humanização do atendimento, eficiência técnica e o melhor resultado para o paciente.Como exemplo, o atendimento odontológico, implementado há mais de dez anos no HRS, compartilha a rotina na ala Covid, ambulatório e centro cirúrgico, realizando a higiene bucal para a prevenção de pneumonias e outras complicações, causadas por bactérias. Estas medidas contribuem para a redução do tempo de internação e favorecem a recuperação dos pacientes.
Cavidade oral
A cirurgiã-dentista Heloisa Werlang, que atua no HRS, diz que este período de pandemia tem sido desafiador, já que os profissionais trabalham com uma doença desconhecida, de grande virulência e alto risco de contaminação que é a Covid-19. “Mesmo utilizando os EPI’s e seguindo os protocolos de precaução de contato, o medo ainda existe, especialmente por estarmos em contato direto com a cavidade oral que é a maior fonte de contaminação da doença”, disse.O psicólogo Leandro Casagrande explica que o paciente costuma ter uma evolução mais rápida e significativa do seu quadro quando profissionais de diferentes áreas, dentro das suas especialidades, trabalham em conjunto por um objetivo comum, o bem-estar integral do sujeito.
Ameniza o sofrimento
Leandro diz, ainda, que com a equipe multiprofissional, a psicologia hospitalar contribui para amenizar o sofrimento psíquico relacionado ao adoecimento e risco, muitas vezes iminente, de óbito, principalmente na ala Covid.“É necessário ao paciente desmistificar concepções próprias ou influenciadas pelas informações pré-hospitalização, sobre uma doença ainda pouco conhecida, e assim facilitar a adesão às diferentes terapias necessárias à recuperação”, reforçou.
Este atendimento psicológico também viabiliza o contato paciente-família, principalmente através de videochamadas, boletins diários e contato aberto durante o dia todo, que levam aos familiares informações e evoluções sobre os pacientes, de forma rápida e mais clara possível.O diretor da Funeas, dr. Marcello Machado, ressalta que o trabalho multiprofissional é importantíssimo nas unidades hospitalares, principalmente durante a pandemia Covid-19, pois trata-se de um trabalho conjunto em prol da recuperação do paciente.
“Temos trabalhado unidos à Secretaria de Saúde do Paraná, com o apoio do secretário Beto Preto, para que os hospitais que atuam na linha de frente, no tratamento dos infectados pela Covid-19, tenham toda a assistência possível, principalmente na contratação de profissionais capacitados, para a formação destas equipes.”
