Número de mortes já passa de 3.400.
Matéria veiculada no jornal El País indica que na China, onde a pandemia já está controlada, os mortos chegam a 3.287; com esses números, a Espanha se transforma no segundo país do mundo em mortes por coronavírus, atrás somente da Itália (com mais de 6.800).
“A situação do país é complicada, se olharmos os dados diários notaremos que o número máximo de mortos em um dia foi de 738, até este momento (ontem, dia 26), e revela que estaríamos nos encaminhando para um cenário parecido ao da Itália, que atingiu 793 mortos em um só dia”, comenta Naiane Carolina Menta Tres, professora da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), que realiza parte do seu doutorado na Universidad de Extremadura. Naiane é natural de Passo Fundo (RS), mas mora em Realeza desde 2014 e está na Espanha desde novembro de 2019.
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Uma esperança
Ela acrescenta: “Mas os números divulgados hoje nos trazem alguma esperança, já que houve um leve declínio no número de mortos por dia, caindo para 655. Os casos de pessoas contagiadas seguem aumentando e aguardamos que as medidas de isolamento, controle policial nas ruas e procedimentos na hora das compras no mercado resultem logo em algo positivo”.
Quarentena continua
As regras de isolamento são rigorosas. Segundo Naiane, desde o dia 14 de março, a população se encontra em quarentena, mesmo em regiões que na época apresentavam poucos casos, como em Badajoz, onde ela está. Deve-se evitar ao máximo sair de casa, sendo apenas permitidas idas individuais ao mercado ou farmácia. Passeios com cachorro podem ser feitos, desde que não se ultrapasse um limite de tempo e distância do local de residência. “As pessoas que precisam se deslocar para o trabalho (atividades essenciais) são abordadas pela polícia e, se for verificada alguma irregularidade, são multadas.”
Segundo Naiane, as autoridades declaram que o objetivo das medidas visa reduzir o contágio. Na quarta-feira, 25, o coordenador do setor de alertas de emergências do Ministério da Saúde espanhol falou sobre estimativas. “Há indícios de que o número de casos esteja chegando ao pico. Espera-se que as restrições na circulação de pessoas suavize a curva de contágios do covid-19 e que a população siga respeitando o estipulado até que a situação esteja segura.”
