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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Estudo aponta baixa vulnerabilidade no desenvolvimento infantil em Beltrão

Isso é positivo, já que o índice de vulnerabilidade da amostra foi de 0,317.

Andreza Tonello, acadêmica do curso de Enfermagem, da Unipar.

A relação entre a vulnerabilidade social e a influência no desenvolvimento infantil foi objeto de pesquisa desenvolvida pela acadêmica Andreza Tonello, sob orientação da professora Jolana Cristina Cavalheri, pelo curso de Enfermagem, da Universidade Paranaense (Unipar). O resultado deste trabalho será publicado em artigo na Revista Paranaense de Desenvolvimento (Ipardes), na próxima edição de número 137.

“Aponta-se que a vulnerabilidade é definida como um conjunto de condições que torna o indivíduo suscetível e é caracterizada por aspectos individuais, sociais e programáticos. Individual consiste em características do próprio indivíduo que o predispõe à vulnerabilidade; social, que se refere às condições econômicas e ambientais em que o indivíduo está sujeito; e programático se relaciona ao acesso a serviços como saúde, educação, esporte, lazer e recursos em geral ofertados para atender a população”, comenta Andreza.

O objetivo do seu estudo foi avaliar os níveis de vulnerabilidade social e como estes influenciam no desenvolvimento infantil, bem como conhecer as condições socioeconômicas das famílias de alunos de uma instituição de ensino municipal e avaliar os níveis de vulnerabilidade através do Instrumento Paranaense para Vulnerabilidade. Participaram da pesquisa pais ou responsáveis de crianças de 6 a 11 anos matriculados nesta escola.

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Segundo Andreza, Francisco Beltrão conta com cerca de 88.465 mil habitantes e índice de desenvolvimento humano de 0,77; o índice de vulnerabilidade da amostra foi de 0,317, o que corrobora com a vulnerabilidade do estado do Paraná que, na última avaliação, apresentou um índice de 0,252. No período de 2000 a 2010, passou-se da condição de média para baixa vulnerabilidade.

Para o desenvolvimento da pesquisa foram utilizados alguns questionários. O primeiro questionário utilizado refere-se à classificação econômica dos entrevistados, sendo utilizado o Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB), desenvolvido pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas (ABEP), com o objetivo de estimar a classe econômica das famílias.

Já o segundo instrumento objetivou avaliar os níveis de vulnerabilidade das famílias, empregando o Índice de Vulnerabilidade das Famílias do Paraná (IVF-PR), desenvolvido pela Secretaria de Estado do Trabalho e Desenvolvimento Social (SEDS), juntamente com o Ipardes.

O terceiro instrumento utilizado foi confeccionado pelas pesquisadoras, conforme literatura pertinente, abordando os marcos do desenvolvimento infantil. Para a realização desta pesquisa, constituíram a amostra 49 pais ou responsáveis de alunos, sendo que o índice de vulnerabilidade das famílias do estudo foi de 0,317. “Quanto à classificação econômica, observou-se neste estudo que a maioria das famílias apresentava classificação econômica B2 e C2 caracterizadas como famílias com rendimentos mensais de R$4.852,00 e R$1.625,00, respectivamente.

“Sugere-se que a melhor classificação econômica das famílias no estudo esteja associada ao menor território do município, bem como a estruturação dos serviços de saúde e educação. Em relação ao desenvolvimento infantil, de acordo com a pesquisa, as crianças apresentaram atrasos em determinados marcos de idade, assim, sugestiona-se que a vulnerabilidade possa influenciar no desenvolvimento da criança, especialmente relacionado à escolaridade do chefe da família e à renda familiar, tendo, ainda, a necessidade de pesquisas futuras para esta associação.”

Andreza destaca a necessidade de compreender a vulnerabilidade, conhecer seus conceitos e desafios para que assim possam ser desenvolvidas medidas proativas, preventivas e protetivas à saúde da criança. Partindo desta premissa, o conceito de vulnerabilidade vem como o apelo de aperfeiçoar e renovar as práticas educacionais e as políticas públicas a fim de contribuir para um melhor desenvolvimento educacional e econômico, não somente das crianças, mas da família em geral.

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