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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Hemonúcleo vai coletar sangue de curados da Covid para produzir plasma hiperimune

O plasma ficará à disposição dos hospitais da região e médicos irão decidir se aplicarão no tratamento de pacientes com coronavírus.

Equipamento que faz a separação do plasma de outras frações do sangue no Hemonúcleo de Beltrão. A unidade vai
passar a coletar sangue de curados da Covid.

A partir de segunda-feira, o Hemonúcleo de Francisco Beltrão deve iniciar a coleta de sangue para utilizar no tratamento de pacientes com coronavírus. O procedimento experimental vem sendo realizado pelo Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar) há algumas semanas, com respaldo do Ministério da Saúde e Anvisa, mas somente em cidades maiores. Agora, o projeto piloto deve chegar a todo o Estado.

O chamado plasma convalescente (ou hiperimune) será coletado de pessoas com idades entre 18 e 60 anos, que tiveram Covid-19 e se curaram sem precisar de ventilação mecânica. Os doadores também precisam ter se recuperado entre 45 e 180 dias – com comprovação via exame a ser apresentado no momento da coleta. Se for mulher, não pode ter passado por gestação e os doadores também ficarão impedidos se já receberam transfusão de sangue em algum momento da vida. Valem ainda os mesmos critérios para doação normal de sangue.

Ligar antes
A doação deve ser agendada. A direção do Hemonúcleo recomenda que os interessados liguem no local para receber orientações e tirar dúvidas antes de se dirigirem à unidade. O telefone é o (46) 3211-3650.

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Tratamento
O procedimento para coleta de sangue que será usado no combate à Covid é o mesmo de uma doação normal. Após a triagem clínica e hematológica, são coletados cerca de 480 ml de cada pessoa e depois o sangue é separado em suas frações, rendendo cerca de 200 ml de plasma. É este líquido que contém os anticorpos do coronavírus e que será injetado para tratar doentes pela Covid, evitando o agravamento. “Uma série de exames já são realizados em cada amostra para verificar se o doador tem algum tipo de doença infecciosa, mas além destes serão realizados novos exames para saber se há anticorpos em cada amostra”, explica Fábio Eberth, chefe do Hemonúcleo de Beltrão.

As bolsas com plasma convalescente serão armazenadas congeladas no Hemonúcleo e disponibilizadas aos hospitais que solicitarem. Ficará a cargo dos profissionais médicos a utilização deste material em pacientes que estão internados com Covid. Estudos indicam alta chance de recuperação em pessoas que ainda não tenham seu quadro de saúde agravado pelo coronavírus, mas a transfusão não será feita em quem esteja com um quadro estável.

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