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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Inglaterra está um “caos”, há fila de espera até para cremação

Beltronense retorna ao Brasil e prevê que a situação melhore somente em maio.

Mirian Milhoreto e Alisson Zanoni na Inglaterra, antes da pandemia. Ao fundo, Catedral de São Paulo.

Alisson Zanoni residia na Inglaterra desde abril de 2019, por motivo de trabalho. No final de novembro de 2020, ele retornou ao Brasil e deve voltar para Inglaterra somente no início de maio.

“Eu sabia que iria ter novos fechamentos e não valia a pena ficar lá recebendo só o salário do governo. Aqui já estou trabalhando e até maio retorno. Lá já vai estar tudo bem até maio.”Segundo Alisson, de acordo com as informações que obteve, foram usadas um milhão de doses da Pfizer, logo depois liberaram da Oxford e da Moderna.

Até metade de fevereiro vão atender os quatro grupos de risco e, em seguida, os demais grupos serão imunizados até abril. “Mas não é obrigatório e 40% da população não quer usar as vacinas. Por diversas razões, uma delas é por terem pego a Covid.”

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Os quatro grupos são: pessoas acima de 80 anos; acima de 70 anos; profissionais da saúde e linha de frente; e aquelas que têm doenças ou comorbidades. “O grupo de 80 anos já foi mais de 50% vacinado.”

Lockdown Sobre a quantia de um milhão de doses, Alisson acrescenta que seria para atender 500 mil pessoas. “O governo preferiu dar para um milhão e a segunda dose após 12 semanas, que seria o tempo do novo lockdown. Enquanto isso, as outras vacinas seriam usadas. Foi uma opção do governo para atender o maior número de pessoas no primeiro momento que iniciou a vacinação.” 

Ele explica que as escolas foram fechadas, mas algumas creches que atendem filhos de profissionais da linha de frente foram mantidas funcionando, para que os pais pudessem trabalhar na área de saúde. A construção civil continua trabalhando dentro dos protocolos de segurança. Houve redução no número de operários nos locais de construção.

“Foi mantido o sistema de ajuda do governo para empresas e funcionários que não podem trabalhar. Houve um aumento nas vagas de trabalho de home office. O sistema de entrega para compras on-line também teve um aumento significativo.”

Fila de espera para cremação“A situação aqui está caótica, as pessoas estão com medo. A gente se cuida muito; são tempos difíceis”, ressalta Neuza Francio, que reside na Inglaterra há 18 anos. Ela aguarda ser vacinada nos próximos dias.

Há fila de espera para cremação, com corpos há um mês aguardando para serem cremados. Alisson ressalta que a cremação custa em média cinco mil libras. “Mais barato do que ser enterrado, segundo alguns ingleses, por isso preferem cremar.”

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