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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Jovem distribui laços para lembrar o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio

Ian Carlos teve a iniciativa após perder um amigo.

Ian Carlos distribui laços amarelos pra lembrar o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

Ele teve a iniciativa após perder um amigo. Na foto, com a irmã Michele. 

Fotos: Leandra Francischett/JdeB

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O luto pela perda de um amigo, que se matou há dois anos, sensibilizou Ian Carlos da Silva Peres, 17 anos, que teve a iniciativa de fazer laços amarelos para chamar atenção à necessidade de prevenção do autoextermínio, sendo, hoje, 10 de setembro o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

Na época, seu amigo estava com 19 anos. “Onde ele estava era só alegria e quando veio essa notícia foi um choque, porque não conseguimos fazer nada, a gente não percebeu”, diz Ian. Em geral, os sobreviventes — pessoas que estão sofrendo após o suicídio de alguém próximo — podem se sentir culpados, mas na realidade nem sempre essa pessoa deixa “sinais” de que algo está errado. “Ele foi algumas vezes ao psicólogo, mas não deu continuidade. Pensamos que pode ter sido cobrança da sociedade, porque ele era gay.”

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Na Campanha do Setembro Amarelo do ano passado, Ian participou no colégio, promovendo palestras e fazendo cartazes com o número 188, que é a ligação gratuita e sigilosa, através da qual o Centro de Valorização da Vida (CVV) presta apoio emocional para todo o Brasil. Juntamente com colegas, fizeram laços e deixaram disponível a “caixa do desabafo”, para quem quisesse deixar seu bilhete.

Neste ano, como não há aulas presenciais por causa da pandemia, Ian distribuiu laços amarelos no Jornal de Beltrão, onde faz estágio. “Também inclui o laço na foto do perfil dos meus professores e amigos, que passaram a divulgar nas redes sociais.” Ana Carla Mendes, do setor de recursos humanos do JdeB, comenta que o jornal faria atividades alusivas a este mês, mas não foi possível por causa do novo coronavírus.

Ian contou com o apoio da irmã Michele Lopatiuk: “Eu quis colaborar, porque achei interessante alguém da idade dele ter essa iniciativa; pensar no outro desta forma”.

Ana Carla Mendes, do RH do JdeB, e Ian Carlos Silva Peres: ações que destacam a valorização da vida.

 

CVV Comunidade
Em Francisco Beltrão, há o CVV Comunidade, que organiza atividades em prol da vida. Neste ano, além da distribuição de panfletos nas unidades de saúde, da divulgação da campanha nos meios de comunicação e da iluminação da Torre, haverá uma live, dia 24, às 19h30, com a participação de profissionais da área de saúde mental.

De acordo com Geonir Vincensi, coordenador do CVV Comunidade, ter um dia mundial dedicado à prevenção é importante, porque é preciso chamar a atenção das pessoas, para se pensar na vida e pensar no outro. “Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 90% dos casos de pessoas que atentam contra a própria vida poderiam ser prevenidos. Nestes dias de pandemia, ainda não sabemos os reflexos que teremos mais adiante, por isso é necessário ligarmos para as pessoas, mandar uma mensagem, acionar o outro, preocupar-se com ele, principalmente aqueles que ficam solitários, a mercê da própria sorte, valorizemos essa condição de amizade com no mínimo um simples ‘como vai você?’.”

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