No Hemonúcleo de Francisco Beltrão, é possível agendar a doação pelo telefone (46) 3211-3650.

Por Leandra Francischett
Gabrielli Girardi, 17 anos, foi ao Hemonúcleo de Francisco Beltrão para fazer sua primeira doação de sangue. Por ter menos que 18 anos, ela precisou ir acompanhada de um responsável, no caso seu pai Almir Girardi, colunista do JdeB.
“O que mais me motivou a querer doar sangue é saber que através deste ato de amor eu poderia ajudar e dar oportunidade de vida pra alguém, além de vários benefícios que a doação de sangue pode proporcionar. Você pode saber como anda sua própria saúde, porque são feitos vários exames junto com a coleta”, comenta Gabrielli, que é estudante de Enfermagem.
Ela acrescenta: “Foi uma experiência incrível, bem tranquila e gratificante. As enfermeiras eram muito queridas. Todo este processo de doação durou entre 40 minutos e 1 hora, não senti nenhuma dor, valeu muito a pena.”
Em 2021, o Hemonúcleo teve apenas 133 candidatos à doação, menos de 5% do universo de candidatos à doação de sangue. “Não obstante às campanhas de incentivo, a adesão desta faixa etária é de uma pequena fração da população sudoestina”, destaca Fábio Ebert, diretor do Hemonúcleo de Beltrão. “Fica o nosso apelo, se você está entre os que reúnem as condições necessárias para se tornar um doador e quer prestar este ato de solidariedade e amor à vida, procure uma das unidades de coleta da rede que o Hemepar mantém em todas as regiões do Estado. O Hemepar Francisco Beltrão fica na Rua Marília nº 1.327 – próximo ao Batalhão da Polícia Militar, Bairro Luther King.”
Fabio também conta, com orgulho, que o filho caçula Israel Natan, quando completou 17 anos, tornou-se doador voluntário; ele completará 18 anos dia 31 de março.

Não tem mais a picadinha no dedo
Para doar sangue é preciso ter 16 anos completos, entretanto até 17 anos, 11 meses e 29 dias é necessário estar acompanhado do responsável legal (pai, mãe ou tutor), esta é a única exigência que difere dos demais doadores, ou seja, para doar sangue é primordial pesar no mínimo 51 quilos, estar em boas condições de saúde, apresentar documento oficial com foto, estar descansado, hidratado, alimentado (evitando-se alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação), e não ter ingerido bebida alcoólica nas 24 horas que antecedem a doação.
“Ao chegar, você será cadastrado no sistema do Hemepar, se já tiver cadastro, as informações serão conferidas e, se necessário, atualizadas. Em seguida, você será encaminhado para fazer o teste de triagem hematológica: Agora não temos mais a incômoda picadinha no dedo, é possível verificar se você tem anemia com um equipamento indolor de tecnologia israelense, que utiliza a espectrofotometria, tudo isso sem precisar furar os dedos ou causar qualquer outro desconforto aos usuários”, explica Fabio. Depois é preciso responder ao questionário de triagem clínica, que avaliará se o potencial doador tem os requisitos clínicos necessários. Se tudo estiver bem, o sangue será coletado. Após a doação, a pessoa é convidada a fazer um lanche e permanecer por cerca de 15 minutos na unidade, podendo ser liberada após esse período.
O doador receberá, por e-mail, informações sobre a emissão do Certificado de Doação de Sangue, o documento pode ser usado para obter benefícios estabelecidos por leis estadual e municipal – como meia entrada em eventos culturais e isenção de pagamento de inscrição em concursos públicos.