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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Mais de 580 mil crianças devem receber vacinas contra o sarampo e póliomielite

 

A imunização na infância pode garantir um futuro
com saúde nas demais fases da vida. 

 

 Manter a erradicação da poliomielite no Brasil e garantir a eliminação do sarampo no país. Esse é o objetivo da Campanha Nacional de Vacinação contra o sarampo e paralisia infantil, que terá início no próximo sábado, dia 8. A expectativa do Ministério da Saúde é de que, em todo o país, mais de 11 milhões de crianças sejam vacinadas. No Paraná, a expectativa é de que mais de 580 mil crianças sejam imunizadas. Neste ano, o Dia D de Mobilização Nacional será realizado em dois momentos: no primeiro dia da campanha, 8 de novembro, e no dia 22.  A meta é atingir a cobertura vacinal de 95% do público-alvo.

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A vacinação contra a poliomielite – responsável pela paralisia infantil – terá como população-alvo 657 mil crianças de seis meses de idade até menores de 5 anos no Paraná. O Ministério da Saúde distribuirá, para o estado, cerca de 920 mil doses da vacina oral poliomielite (VOP) – vacina em gotas – que será utilizada prioritariamente. No entanto, é recomendada às coordenações estaduais de Imunizações a disponibilização da vacina inativada poliomielite (VIP), que é injetável, para as crianças acima de seis meses que estão com esquema vacinal atrasado.

A vacina tríplice viral, destinada à vacinação contra sarampo, caxumba e rubéola, será aplicada em crianças de um ano a menores de 5 anos. A estimativa é promover a vacinação de 580 mil crianças no Paraná. O Ministério da Saúde distribuirá cerca de 696 mil doses da vacina.  A campanha de seguimento contra o sarampo será realizada em todas as Unidades da Federação.

A vacina oral poliomielite (VOP) é segura e são raras as reações associadas ao seu uso nas duas primeiras doses do esquema básico. Com a introdução da vacina inativada poliomielite (VIP) em 2012 substituindo estas duas primeiras doses, o risco é considerado baixíssimo. Quanto à vacina tríplice viral, são poucas as reações como febre ou dor no local da administração, sendo geralmente bem toleradas.

Meta para o Brasil
“A meta é vacinar cerca de 12,7 milhões de crianças maiores de seis meses e menores de cinco anos. Então, toda criança nessa faixa etária deve tomar a vacina, independente da vacinação que ela tem na carteira de vacinação. Ou seja, essa vacina é uma dose extra e foi isso que permitiu a erradicação da poliomielite. Mesmo que a criança esteja com o calendário completo, essa é uma dose adicional que é dada”, informou o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.

Para a realização da campanha, estarão disponíveis mais de 100 mil postos espalhados por todo o país, 350 mil profissionais de saúde e 42 mil veículos (terrestres, marítimos e fluviais). Para que sejam cumpridas todas as fases da imunização, as vacinas contra a poliomielite, o sarampo, rubéola e caxumba continuam disponíveis durante todo o ano nos postos de saúde do Sistema Único de Saúde.

 

A paralisia infantil  no Brasil

O Brasil está livre da poliomielite desde 1990. Desde então, não houve novos casos registrados e, em 1994, o país recebeu da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem em seu território.

A continuidade das campanhas de vacinação é fundamental para evitar a reintrodução da doença no país, uma vez que dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) demonstram que entre 2013 e 2014, 10 países registraram casos da doença e três deles são considerados endêmicos (Paquistão, Nigéria e Afeganistão).

A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave. Na maioria dos casos, a criança não vai a óbito quando infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e a infecção se dá, principalmente, por via oral. 

Os últimos casos de contágio autóctone de sarampo no Brasil ocorreram em 2000 e, desde então, os casos registrados foram importados ou relacionados à importação. Em 2013 e 2014, foram registrados casos importados no país, com concentração em Pernambuco e Ceará. No mundo, em 2014, foram registrados 160 mil casos da doença e com o fluxo de turismo e comércio entre os países o risco de contaminação se eleva.

O sarampo é uma doença viral aguda grave e altamente contagiosa. Os sintomas mais comuns são febre alta, tosse, manchas avermelhadas, coriza e conjuntivite. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar. As complicações infecciosas contribuem para a gravidade do sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. A única forma de prevenção é por meio da vacina.

 

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