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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Máscaras são sinal de cuidado com o outro, diz coordenadora de Farmácia da Unisep

Caroline Lermen Munhoz frisa que a lavagem frequente das mãos é a medida de higiene mais importante para a prevenção à Covid-19. Mas todas as outras recomendações devem ser seguidas.

Caroline: máscaras são uma arma a mais na luta contra o vírus.

 O uso de máscaras — recomendação do Ministério da Saúde e uma das exigências do decreto 189 do município de Francisco Beltrão — é mesmo eficiente para conter a pandemia de coronavírus? Quais são os cuidados de higiene mais importantes para enfrentarmos esse momento repleto de dúvidas?
Para ter uma opinião clara sobre essas questões, o JdeB ouviu a coordenadora do curso de Farmácia da Unisep, de Beltrão, Caroline Lermen Munhoz. Com o conhecimento e didática de quem está à frente de salas de aulas há vários anos e atende a comunidade em atividades práticas de saúde, a farmacêutica se prontificou a repassar a sua visão sobre o tema.

As medidas de higiene mais importantes
Conforme Caroline Lermen, a lavagem frequente das mãos é a iniciativa de higiene mais importante para reduzir os riscos de contaminação com o coronavírus. “O melhor é lavar com água e sabão mas, na ausência desta possibilidade, pode-se usar o álcool em gel”, orienta.

A farmacêutica frisa a importância de cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir e de usar lenços descartáveis. “Nós ainda estamos aprendendo a desenvolver esses hábitos, há alguns anos não se falava neles. Temos de criar essa cultura, pois desta maneira reduzimos a chance de um vírus se espalhar através das gotículas que lançamos no ambiente quando espirramos.”

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Outra recomendação frequente das autoridades de saúde é a de evitar levar as mãos ao rosto, principalmente nos olhos, nariz e boca. “Essa questão é importante, mas de difícil controle, porque a gente faz isso sem perceber. A alternativa é se policiar e, quando precisar tocar em objetos de uso coletivo, como maçanetas, usar a mão esquerda, pois normalmente tocamos o rosto com a direita. De qualquer maneira, depois de tocar em maçanetas, teclados de caixas eletrônicos e máquinas de cartão, é importante lavar logo as mãos”, sugere Caroline.

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Chimarrão sem compartilhar a cuia
Algumas atitudes preventivas, porém, são bem simples, não há justificativa para não serem praticadas. “Manter os ambientes bem ventilados, evitar compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres e copos, são cuidados que todos devemos tomar”, sugere a farmacêutica. E chimarrão? “Só tá liberado se tomar sozinho, sem compartilhar a cuia. Não dá pra confiar que, porque o chimarrão é quente, mata o vírus”, alerta.

Máscaras são úteis, mas falta informação
Sobre a recomendação feita no início do mês pelo Ministério da Saúde para que a população use máscaras ao sair de casa, Caroline Lermen diz que se trata de uma medida útil para reduzir a proliferação do coronavírus. Ela avalia, no entanto, que as pessoas ainda não foram suficientemente orientadas a respeito de como e porque usar.
“A recomendação é para que a população use máscaras caseiras. O uso de versões cirúrgicas segue indicado apenas para profissionais de saúde, pessoas com sintomas de Covid-19 e indivíduos do grupo de risco”, esclarece. Menos eficazes que as cirúrgicas, as máscaras caseiras funcionam como uma barreira mecânica que retém as gotículas emitidas ao falar ou espirrar. “A ideia é diminuir a disseminação do vírus por indivíduos que estão contaminados mas não sabem”, complementa.

Máscara não protege o usuário,
protege o outro
“É importante dizer que a máscara de tecido não protege o seu usuário, porque ela não possui capacidade de filtragem. A gente usa a máscara de tecido não para se proteger, mas para proteger o outro, as pessoas à nossa volta. E a gente pode ter o vírus e ainda não saber. Por isso, usar a máscara é também um gesto de respeito e cuidado com os outros. Se todos usarem, o efeito é positivo, sim”, argumenta a coordenadora do curso de Farmácia.
Favorável ao uso massivo de máscaras, Caroline Lermen salienta que nenhuma versão do equipamento substitui o isolamento social, que, ao seu ver, é o mais eficiente meio para evitar a contaminação por coronavírus. “Máscara é um instrumento a mais que a gente tem nessa luta contra o vírus, mas de maneira alguma podemos deixar de lavar as mãos com frequência e de manter uma certa distância das pessoas. Temos de nos precaver usando todos os recursos que temos, seguindo todas as recomendações”.

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