A declaração é de Larissa Pisklevitz, que acompanhou o câncer da mãe Benilde.

“Acredito que ela esteja em um lugar melhor é e isso que me conforta. Não foi o caso dela, mas muitas mulheres não têm a consciência do quanto é importante fazer os exames e se cuidar para ter o conhecimento no estágio inicial”, alerta Larissa Pisklevitz, que perdeu a mãe Benilde, no dia 17 de julho de 2011. A causa da morte não foi diagnosticada, mas acredita-se que havia possibilidade de reincidência do câncer de mama.
Larissa, que completou 23 anos dia 21 de outubro, tinha apenas 14 anos quando perdeu a mãe e seu irmão Luiz Henrique tinha seis. Benilde fazia exames regularmente, porque sua irmã já tinha tido câncer de mama. Um dos exames apresentou um princípio de nódulo e ela somente percebeu quando o seio começou a apresentar alteração e o estado já estava avançado.
“Quando ela fez as sessões de quimio era muito sofrido, porque eram muito fortes, passava o dia vomitando, foi a fase mais difícil, perdeu sobrancelha, cabelo, tinha mal-estar, não conseguia fazer almoço, nada”, recorda Larissa. Depois da quimioterapia, fez retirada da mama e radioterapia. As opções eram Cascavel e Curitiba, como ela tinha parentes na capital, optou por ficar lá. “Depois deste processo, os médicos falaram que ela estava curada, mas viram que havia alguma coisa errada, exames alterados, acabou falecendo antes de identificar o que aconteceu”, lamenta. Larissa acompanhou todo o processo, exceto a radioterapia, pois sua mãe e seu irmão foram para Curitiba, enquanto ela e o pai Sidnei permaneceram em Beltrão. Em julho de 2011, Benilde foi a Curitiba visitar a mãe e a irmã e acabou falecendo. Larissa destaca que o mais importante é fazer os exames com frequência e ter ainda mais cuidado se houver histórico na família: “Fazer autoexame, ir ao médico e encarar com felicidade, que é assim que eu lembro dela, porque mesmo nos momentos mais difíceis, ela estava sempre rindo e tratou o assunto com muito conforto, porque tratou da melhor maneira possível, um dia após o outro, lutando”. Benilde queria ser cremada e na época não tinha crematório em Beltrão, então a família acabou velando e cremando em Curitiba. “Alguns anos depois jogamos as cinzas dela em uma cachoeira.”