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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Novo risco da pandemia é a falta de insumos para tratar pacientes

Escassez de medicamentos, sedativos e itens básicos, como máscaras, traz preocupação a setores da Saúde.

O constante aumento de casos da Covid-19 desde a esfera municipal até a esfera federal tem gerado um novo risco na gestão da pandemia. Medicamentos, sedativos e itens básicos, como máscaras, estão escassos e até em falta em alguns estados. O cenário preocupa setores da Saúde e traz incerteza sobre a capacidade de atendimento de pacientes com coronavírus.

Ontem, em entrevista ao Meio-Dia Paraná, da RPC TV, o secretário de Estado da Saúde Beto Preto afirmou que “nós estamos agora numa falta mundial de insumos, de medicamentos para sedação dos pacientes”. Segundo ele, o consumo desses produtos cresceu de 500 a 600% nos últimos 40 dias; o consumo oxigênio teve a mesma margem. “O coronavírus mudou completamente o nosso entendimento do processo de compra de insumos”, acrescentou.

O secretário enfatizou ainda o isolamento como forma de conter a transmissão do vírus e evitar um colapso na saúde. “Existem vários enfrentamentos, as pessoas querem falar ‘usa a ivermectina, usa a cloroquina’. O que quiserem usar nós colocamos à disposição dos médicos, mas o principal de tudo é o isolamento domiciliar. Se nós tivermos isolamento de 50, 55% de maneira contínua, aí nós vamos ter leitos de UTI à disposição, vamos ter equipamentos e vamos ter condição de passar sem deixar colapsar o nosso sistema de saúde.”

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Produtos nem ficam em estoque
A distribuidora Werbran, de Francisco Beltrão, atende hospitais em todo o País e, de acordo com a farmacêutica responsável, Nancy Werlang Brandalizze, alguns medicamentos nem chegam mais ao distribuidor, vão direto aos hospitais. “Está uma loucura, produtos estão quase extintos. Máscara aumentou dez vezes a venda, medicamentos para sedação triplicou”, comentou a farmacêutica.

Nancy comentou que produtos para farmácia relacionados à gripe também estão com grande demanda. “Está havendo uma corrida por suplementos, vitaminas. Não tem como atender a todos, em alguns hospitais pode estar em falta (insumos).” Ela também ressaltou a importância das medidas de prevenção ao vírus: “O pessoal ficou com medo nas primeiras semanas e agora relaxou. Mas precisamos alertar para ficar em casa, não aglomerar, para não comprometer lá na ponta”.

Relatório aponta falta de medicamentos nos estados

 ABr – Um relatório do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) mapeou os estoques de medicamentos em unidades de saúde dos estados e apontou situação de desabastecimento de alguns produtos e risco de falta de outros nos próximos dias. O levantamento teve como foco remédios usados em unidades de terapia intensiva (UTIs).

Entre os medicamentos objeto da análise estão sedativos, anestésicos, bloqueadores neuromusculares e substâncias utilizadas na sedação e entubação de pacientes. As unidades verificadas são aquelas listadas nos planos de contingência de cada estado, podendo ser tanto públicas quanto privadas.

O estado de Mato Grosso foi o que apresentou mais itens em falta (13), seguido por Ceará e Maranhão (12), Amapá e Tocantins (11), Rio Grande do Norte (10), Roraima, Amazonas e Bahia (9) e Pernambuco (8). Os estados completamente abastecidos são Alagoas, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Santa Catarina e Sergipe.

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