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Francisco Beltrão
terça-feira, 27 de maio de 2025

Edição 8.212

27/05/2025

O principal criadouro do mosquito Aedes está nos domicílios

Saúde

As residências continuam sendo os locais onde se encontram os mariores criadouros do mosquito transmissor da dengue. De cada 100 casas, dez possuem criadouros. O cuidado precisa ser redobrado.

O Boletim Epidemiológico Semanal sobre a dengue no Paraná foi divulgado terça-feira, dia 3, pela Secretaria de Estado da Saúde. O destaque foi para o Levantamento Rápido de Índices de Infestação (Liraa) nos municípios. O relatório mostra a porcentagem entre o número de imóveis pesquisados e o de imóveis onde os criadouros do mosquito foram encontrados. É realizado periodicamente pelos municípios, mas o levantamento realizado entre outubro e novembro serve de referência nacional.

O município com maior índice de infestação predial do “Aedes aegypti” é Ivatuba, no Noroeste do Estado, com 10%, o que significa que em cada 100 imóveis pesquisados, dez estavam com criadouros.
Na sequência, estão os municípios de Morretes, com 8,3%; São Miguel do Iguaçu, com 6,6%; Quinta do Sol, com 6,1%; Santa Mariana, com 5,1%; Nova Esperança, com 4,9%; Munhoz de Melo, com 4,6%; Bela Vista do Paraíso, com 4,2%; Francisco Beltrão e Nova Prata do Iguaçu, com 4,1%, e Paranaguá, Itaipulândia, Campo Bonito e Jataizinho, com 4%.

O resultado geral do Paraná mostra que 55,6% dos municípios apontam índices abaixo de 1%, que segundo o Ministério da Saúde, ainda é considerado satisfatório e neste patamar estão 222 municípios paranaenses; 39,6%, ou seja, 158 municípios registram de 1% a 3,9% e são considerados em alerta; e 3,5%, correspondendo a 14 municípios, mostram alto potencial vetorial, com quantidade de criadouros suficientes para gerar epidemia.

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Criadouros nas casas
43% dos criadouros foram localizados em recipientes plásticos, garrafas e latas, acumulados destampados nos quintais das residências, e em entulhos de construção, caçambas e latas de tintas também deixadas abertas nos quintais; 23,5% estão nos depósitos de água no solo e 22,6% estão nos pratinhos de vasos de plantas, recipientes de degelo de geladeiras, bebedouros, pequenas fontes ornamentais; 7,3% foram encontrados em pneus e 5,3% em tanques em obras, borracharias e hortas; calhas lajes e toldos em desníveis, ralos de sanitários em desuso, piscinas não tratadas, cacos de vidro em muros e floreiras e vasos nos cemitérios.

“Reforçamos a orientação de que as medidas de prevenção contra a dengue precisam ser adotadas por toda a população, pois o verão está chegando e os casos da doença podem aumentar. A participação da sociedade no combate ao mosquito da dengue é fundamental”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

“Podemos observar pelo Liraa divulgado terça-feira que mais de 72,9% dos criadouros estão nos domicílios, por isso a recomendação para que todos verifiquem em seus domicílios e eliminem os focos de água parada”, complementa a coordenadora de Vigilância Ambiental da SESA, Ivana Belmonte.

 

1.869 casos regitrados
O boletim semanal da dengue registra 1.869 casos confirmados, 305 a mais que na semana anterior. Deste total, 1.480 são autóctones; os casos foram contraídos no município de residência. Também aumentaram os municípios em situação de alerta; eram dez e agora são doze. Cianorte e Doutor Camargo entraram para situação de alerta nesta semana. Os outros municípios são: Lindoeste, Juranda, Douradina, Indianópolis, São Carlos do Ivaí, Flórida, Munhoz de Mello, Florestópolis, Leópolis e Uraí.

Em situação de epidemia estão oito municípios, um a mais que na semana anterior. Nova Cantu, Quinta do Sol, Inajá, Santa Isabel do Ivaí, Ângulo, Floraí, Uniflor e Colorado atingiram este patamar e somam 713 casos autóctones.

O Paraná apresenta 12.254 notificações para a dengue do dia 28 de julho até agora.

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