Saúde

Nos últimos anos temos presenciado um aumento significativo no número de diagnósticos de Autismo, e ouvido de pacientes, amigos e familiares perguntas sobre o que teria gerado este aumento.
A princípio sabemos que o maior conhecimento das características do Autismo por parte da população em geral tem aumentado a procura por diagnósticos e tratamento. Porém, não podemos desprezar o fato de que a última edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais alterou a classificação diagnóstica incluindo no quadro do Transtorno do Espectro Autista transtornos que antes não faziam parte desta categoria diagnóstica, como por exemplo, a Síndrome de Asperger.
É claro que precisamos nos perguntar como temos educado e cuidado de nossas crianças e se a realidade atual teria alguma responsabilidade sobre esse aumento.
Quando falamos sobre causas, entramos em outra longa discussão os fatos científicos encontrados até agora apontam que, temos fatores genéticos implicados mas não um único gene e sim a combinação de vários deles. Este fator é ainda mais complexo, sabemos que todos nascemos com um código genético estabelecido, mas a maneira como ele irá se manifestar depende dos chamados fatores epigenéticos, ou seja, das experiências de vida, que incluem desde fatores ambientais como o ar que respiramos por exemplo, até um fator que em nada é desprezível para a constituição do bebê humano: “a sua relação com os outros”. Afinal, nenhum ser humano nasce pronto.
Eliane Andreis – pós-graduada em Psicanálise Clínica e Educação Especial – CRP 08/1095