Pesquisa da Serasa e Opinion Box revela o que mudou na vida financeira e nos hábitos de consumo dos moradores do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul durante a pandemia.
Da assessoria – A pesquisa “Pandemia e os Impactos Financeiros”, realizada pela Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box, revela o que mudou na vida financeira dos paranaenses, catarinenses e gaúchos após dois anos de enfrentamento da Covid-19 e os reflexos dessas transformações nos hábitos de consumo, lazer e comportamento. O estudo mostra que o morador da Região Sul aumentou sua disposição para empreender, buscando renda por conta própria; reduziu o uso do dinheiro vivo, substituindo-o pelo PIX; passou a priorizar os gastos em casa, como TVs por assinatura; e reduziu os investimentos com lazer externo.
O levantamento da Serasa e Opinion Box é a consolidação de um estudo comparativo entre os resultados obtidos em fevereiro de 2021, quando a pandemia completou um ano, e fevereiro de 2022, após dois anos da chegada da Covid-19 ao Brasil.
Renda, despesas e pagamentos
A pesquisa constata que a renda diminuiu para um terço da população da Região Sul entrevistada (34%). E 39% dos consultados afirmaram não ter tido alteração na renda. Os que registraram aumento de renda no período são 27%. A maioria dos moradores dos três estados do Sul afirmaram ter verificado aumento nas despesas: 67%. Apesar do aumento de gastos, 56% da população da Região Sul pagou as contas em dia. O percentual de pontualidade é mais alto do que a média brasileira, que ficou em 51%.
Corte de gastos e planejamento financeiro
Para passar a pandemia sem dívidas ou sem atrasar as contas, 49% dos entrevistados disseram ter cortado os gastos desnecessários. Fazer um planejamento financeiro também ajudou: 47% revelaram que agora se planejam mais. E muitas lições de como lidar com o dinheiro foram assimiladas nos tempos difíceis do confinamento: 62% disseram que agora dão mais importância em ter dinheiro guardado, 58% admitiram ter aprendido a cuidar melhor do dinheiro e 54% perceberam que gastavam muito com o que não precisavam.
O pagamento das contas
A pesquisa constatou que, mesmo em meio às dificuldades, houve uma parcela significativa dos moradores da Região Sul que conseguiu pagar em dia uma ampla gama de contas. Eles deram prioridade para os planos de saúde (95%), seguros (94%), escolas ou faculdades (89%), serviços de assinatura como Netflix e Amazon (87%) e aluguel (86%). As despesas que lideram os atrasos no pagamento são os empréstimos com familiares, amigos ou conhecidos (66%) e o cheque especial (60%). Os pagamentos em dia dos planos de saúde e do seguro revelam que a população se preocupa com o próprio bem-estar. Como as instituições de ensino encontraram no modelo digital a nova forma de dar continuidade aos cursos, aumentou o pagamento pontual das mensalidades.