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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Os perigos da automedicação contra o coronavírus

Saúde

Ainda não há medicamentos ou vacinas para conter o avanço do coronavírus. A cloroquina ainda está em fase de testes e estudos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso da cloroquina combinado com o antibiótico azitromicina é uma das quatro medicações que estão sendo testadas em 74 países.

Nenhum produto farmacêutico se mostrou seguro e eficaz para tratar a Covid-19. “E diante desse quadro de incertezas, muitas pessoas podem se automedicar”. O alerta é do o membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia e médico do Departamento de cardiologia da Rede Mater Dei e do Hospital Belo Horizonte, dr. Augusto Vilela.

Pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) revelou que quase metade dos brasileiros se automedica pelo menos uma vez por mês. O estudo revelou também que a automedicação é um ato comum para 77% dos brasileiros.

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Dr. Augusto Vilela explica que aí está o problema. “Não se sabe os efeitos das medicações contra a Covid-19, já que estamos diante de um vírus novo. E isso pode causar mais danos à saúde”, afirma. Para o médico cardiologista, o ideal é seguir as recomendações da OMS, seguir o isolamento social, e evitar a infecção pelo vírus. “Não sabemos se haverá remédio para o coronavírus. O certo é evitar a contaminação”, enfatiza.

Atualmente se fala de duas medicações para se tratar Covid-19 (cloroquina e azitromicina) que são usadas em casos restritos, individualizados e em pacientes internados. Dr. Augusto Vilela explica que o medicamento não deve ser usado fora do ambiente hospitalar: “Não é seguro”.

Cloroquina e hidroxicloroquina
Importante destacar que essas medicações não previnem contra a infecção pelo coronavírus e seu uso está restrito a tratamento de pacientes internados com a doença, individualizados caso a caso. As pessoas que tomarem esse remédio sem indicação ou supervisão médica precisam ficar atentas, pois tem o risco de cegueira, de lesão na retina, de problemas hepáticos, de anemia e, mais importante ainda, podem apresentar arritmias potencialmente graves e até fatais.

Azitromicina
Pode selecionar bactérias mais resistentes a antibióticos quando usado inadvertidamente, causar dores abdominais, diarreia, náuseas, vômitos, disfunção auditiva incluindo risco de surdez, convulsão e arritmias cardíacas graves.

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