17.4 C
Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Pandemia trouxe nova realidade para o trabalho do Samu

A paramentação está mais rigorosa e os profissionais passaram a ter acompanhamento de psicóloga para administrar a carga emocional.

Sobre o macacão, socorristas usam jaleco impermeável e mais duas camadas de luva, máscara, touca, óculos e faceshield.

Quem atua diretamente com pacientes infectados pelo coronavírus precisou redobrar os cuidados e implantar novos protocolos até nos procedimentos mais simples. Para os profissionais do Samu, a pandemia trouxe uma série de desafios para que continuassem atendendo pacientes que precisam do serviço de urgência sem se infectar ou transmitir o vírus.

E, além disso, trabalhar diretamente com casos suspeitos e confirmados da doença.

Duas medidas iniciais tomadas pela direção do Ciruspar, consórcio que administra o Samu no Sudoeste, foram a capacitação de todos os funcionários para entender os protocolos de segurança e a contratação de uma psicóloga aprovada em concurso para lidar com os profissionais.

- Publicidade -

“Um dos focos está sendo o reforço da biossegurança, que são medidas que visam evitar um eventual contágio durante qualquer atendimento ou procedimento. Por outro lado, também estamos obtendo bons resultados com o trabalho da psicóloga, pois os funcionários estão tendo que administrar uma grande carga emocional neste momento, seja pela rotina aqui, o isolamento em casa, os atendimentos”, comenta Gerson.

A paramentação aumentou. Ao sair para um atendimento, o socorrista precisa usar as vestimentas padrão e mais um avental impermeável e outro de tecido, máscara N95 durante todo o tempo, duas camadas de luva, touca e faceshield. Antes, as ambulâncias recebiam uma limpeza leve ao fim da cada plantão e uma vez na semana a mais profunda. Agora, são até cinco higienizações por dia e mais a desinfecção terminal.

Como os veículos levam mais tempo nos procedimentos de desinfecção, o chamado tempo resposta para o atendimento da população aumentou. Não houve casos de pessoas sem socorro, mas o Siate, do Corpo de Bombeiros, precisou ser acionado algumas vezes devido à indisponibilidade de ambulâncias.

É que, além de todos os atendimentos frequentes, o Samu também socorre casos suspeitos de Covid que precisem de ajuda médica e transporta pacientes internados entre hospitais da região Sudoeste e Oeste, via central de leitos.

Os novos procedimentos fizeram aumentar os custos do serviço — mantido com recursos das prefeituras, do Estado e da União —, mas também permitiram ao Ciruspar ter quase nenhum contágio durante os atendimentos, mantendo os serviços que já vinham sendo realizados e dando conta do trabalho extra na pandemia.

“No início, o pessoal ficou meio assustado porque não se tinha uma dimensão do coronavírus e seus efeitos, mas, com o tempo, treinamentos adequados e o apoio necessário, foram entendo a relevância de cada um no combate à doença e hoje temos uma equipe muito parceria e dedicada”, finaliza Gerson.

 [relacionadas]

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques