Movimento das empresas é menor neste final de ano se comparado à mesma época de 2019.
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O movimento de passageiros na Rodoviária de Francisco Beltrão neste fim de ano está menor em comparação com anos anteriores, para esta época. A queda no fluxo de passageiros e pessoas circulando pela rodoviária se deve à pandemia do novo coronavírus. Cerca de 188 mil pessoas já morreram no Brasil e mais de sete milhões de pessoas foram contaminadas desde marcço.
Há muitas pessoas que estão indo aos guichês com passagens compradas previamente e pedindo o reembolso porque decidiram não viajar mais.
Milton Chiapetti, encarregado de vendas de passagens da Reunidas, diz que a queda chega a 70% a 80% para esta época do ano. Os destinos mais procurados em anos anteriores eram Blumenau, Itapema, Joinville, Lajes e Florianópolis, em Santa Catarina. Agora, o destino mais procurado, entre os citados, é Florianópolis. Ainda assim, o número de passagens vendidas pra capital de Santa Catarina é menor que em anos anteriores.
Milton conta que muitas pessoas estão vindo com as passagens compradas antecipadamente e vieram ao guichê pedir o reembolso e desistir da viagem. “O pessoal tá com medo”, diz o encarregado.
Solange Ognibene, encarregada de venda de passagens no guichê da Princesa dos Campos, conta que o movimento neste mês até surpreendeu. Os destinos mais procurados são para Curitiba e São Paulo.
“Deu um movimento bacana, mas nem comparar com outros anos”, revela. Ela estima uma diferença de 30% a menos em relação a anos anteriores.
Solange também confirma que há pessoas que compraram passagens antecipadas e estão vindo ao guichê da empresa pedir reembolso. As pessoas estão com medo de viajar e também de que possa fechar tudo para a cidade onde iriam passar as festas de final de ano devido ao aumento de casos de Covid-19.
Djeferson Werle, vendedor de passagens da Unesul, Cattani e Ouro e Prata, avalia que a venda de passagens está melhor que em outros meses de 2020, “mas tá longe do esperado pro final de ano”. Ele confirma que teve muitas pessoas que cancelaram suas passagens e decidiram não viajar.
Menos ônibus extras
O número de ônibus extras, neste ano, está menor. Nesta época era comum as empresas oferecerem mais ônibus para as cidades de grande porte. Para o embarque, as empresas Reunidas e Princesa dos Campos estão medindo a temperatura dos passageiros.
Caso o passageiro esteja com temperatura acima do normal, é verificado novamente para ver se a pessoa pode ou não viajar. De um modo geral, as empresas estão disponibilizando álcool em gel no embarque e exigindo que os passageiros utilizem máscaras ao embarcar.
Nas entradas da rodoviária foram colocados recipientes com álcool em gel para que as pessoas possam higienizar as mãos. Mas tem pessoas que estão circulando pela rodoviária sem máscaras, o que é proibido. Milton Chiapetti diz que “o pessoal não tá dando tanta importância”.
O taxista Francisco Borelli, 68 anos, diz que em anos anteriores, neste época, dez taxistas atuavam no transporte de passageiros. Agora, de dois a três taxistas se revezam diariamente para atender às pessoas. “Esse ano caiu 70% o movimento por causa dessas doença.” Francisco, que atua como taxista há 30 anos, conta que as empresas cortaram muitos ônibus extras.
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